São Paulo, 09 – A Céleres reafirmou, no segundo acompanhamento da adoção de biotecnologia agrícola no Brasil, plantio de organismos geneticamente modificados (OGM) em 52,5 milhões de hectares de culturas de soja, milho (verão e inverno) e algodão na safra 2016/17, praticamente o mesmo número do relatório anterior. “A adoção permanece em 93,4% da área total semeada com as referidas culturas, ou 49,1 milhões de hectares”, diz a consultoria em relatório. Conforme a Céleres, o número de tecnologias aprovadas com genes combinados chegou a 27 (46,5% do total), sendo apenas uma para a cultura da soja, 22 para a cultura do milho e 12 para algodão. “No total são 58 eventos aprovados para comercialização (oito resistentes a insetos, 19 tolerantes a herbicidas, 27 com genes combinados, um resistente a doenças, um para aumento de produtividade, um para aumento de rendimento industrial e um tolerante ao estresse hídrico).” Ainda segundo a Céleres, a soja stack é a tecnologia mais cultivada no País, com 20,2 milhões de hectares na safra 2016/17. “Para o total da cultura da soja, a área com cultivares transgênicas manterá os 32,7 milhões de hectares apontados no relatório anterior. O milho (verão + inverno) continuará na segunda posição, alcançando 15,7 milhões de hectares”, destaca. Já o milho inverno geneticamente modificado atingirá 91,8% da área total semeada, ou 10,4 milhões de hectares. No caso do milho verão, os números do segundo levantamento da safra 2016/17 mostram um total de 5,3 milhões de hectares, ou 82,3%. “Vale lembrar que a adoção do milho verão provavelmente permanecerá nesta taxa, pois a adoção do produto transgênico na região centro-sul (onde a concentração de agricultores de média a alta tecnologia é maior) já chega ao seu limite, com 95,5%.” Assim, o milho transgênico deve totalizar 88,4% de taxa de adoção, estável em relação aos dados relatados anteriormente. Por fim, o uso de organismos geneticamente modificados nas lavouras de algodão se manterá nos atuais 78,3% do total semeado, mas com uma diminuição de 7,9% na área (em comparação com o relatório anterior), totalizando 726 mil hectares.


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