Para evitar um colapso na renda das famílias, grande parte dos países tem preferido adotar iniciativas de transferência direta de renda para socorrer trabalhadores, desempregados e cidadãos mais pobres, num momento em que a crise. Ao menos 30 países criaram novos programas de transferência de renda ou fortaleceram os já existentes para tentar evitar uma tragédia social. Onze países implementaram subsídios temporários nos salários dos trabalhadores e estão bancando até 80% das remunerações para conter dispensas. Também há medidas para complementar a renda de informais e reduzir o horário de trabalho – até por causa das recomendações sanitárias de isolamento.

Dez países estão investindo em licenças remuneradas para incentivar quem foi infectado a ficar em casa, isolado, evitando a ampliação do contágio.

Outras iniciativas incluem redução temporária das contribuições sociais de empregadores e trabalhadores, repasses para famílias com crianças e ampliação dos benefícios para desempregados. As medidas variam em alcance e magnitude conforme o poder de fogo do país. Além disso, o custo de vida pode ser mais elevado em países desenvolvidos, refletindo no valor do benefício.

Ao todo, 13 novos programas de transferência de renda foram lançados em meio à crise da covid-19, em países como Irã (US$ 400, cerca de R$ 2 mil, em quatro parcelas a três milhões de famílias).

Em Cingapura, os trabalhadores receberão um repasse único de até US$ 300 (R$ 1,5 mil), a depender de sua renda. Na Itália, que se tornou o epicentro da doença, trabalhadores com renda anual menor que ¤ 40 mil (R$ 218 mil ao ano) estão elegíveis a receber um benefício de ¤ 100 (cerca de R$ 545), no mês de março. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.