Depois da apresentação das alegações finais do tenente-coronel Mauro Cid, os outros réus do chamado “núcleo crucial” da trama golpista vão ter 15 dias para enviar as suas defesas ao STF (Supremo Tribunal Federal). Cid é o delator na ação do golpe.
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Nesta terça-feira, dia 29, os advogados dele pediram sua absolvição e afirmaram que ele agiu “no cumprimento de ordens superiores” e que não teve a intenção de atentar contra a democracia do Brasil. De acordo com a defesa de Cid, ele “não pertenceu, integrou ou organizou qualquer associação criminosa voltada para abalar as instituições democráticas”.
Agora, os outros réus devem enviar suas alegações finais sobre o caso ao Supremo. Entre eles, está o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os outros são: o deputado Alexandre Ramagem, o ex-comandante Almir Garnier Santos, o ex-ministro Anderson Torres, o general da reserva Augusto Heleno, o general Paulo Sérgio Nogueira e o general Walter Braga Netto.
Todos os réus respondem por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Se forem condenados, eles podem ficar até 40 anos presos.
Depois do prazo de 15 dias, poderá, então, acontecer o julgamento depois de o relator, o ministro Alexandre de Moraes, preparar seu voto e marcar a análise do caso na Primeira Turma do Supremo.