NÁPOLES, 05 ABR (ANSA) – Sinônimo de “traidor” e “lata de lixo” na cidade de Nápoles, o atacante argentino Gonzalo Higuaín, que chegara a ser chamado de “novo Maradona” na capital da Campânia, enterrou o sonho do Napoli, seu ex-clube, de se classificar para a final da Copa da Itália.
O centroavante marcou os dois gols da Juventus na derrota por 3 a 2 para o time napolitano, resultado suficiente para fazer a Velha Senhora decidir o torneio pela terceira vez seguida. A Juve havia vencido a partida de ida, em Turim, por 3 a 1, beneficiada por dois pênaltis duvidosos, e poderia perder até por um gol de diferença no estádio San Paolo.
No entanto, saiu na frente no placar aos 32 minutos do primeiro tempo, com um chute venenoso de Higuaín, que comemorou de forma contida, mas sem esconder a raiva – no aquecimento, ele havia sido vaiado pela torcida e apontado para o camarote do presidente do Napoli, o desafeto Aurelio De Laurentiis.
A Juventus foi para o intervalo com uma vantagem que lhe permitia levar até dois gols e acabou relaxando. Aos oito da etapa complementar, Marek Hamsík, da entrada da área, deixou tudo igual. E aí o argentino apareceu novamente: aos 13, Higuaín recebeu de Cuadrado e fuzilou o goleiro Neto.
Logo em seguida, Mertens, aproveitando uma furada do arqueiro brasileiro da Juve, voltou a empatar. Aos 22, Insigne fez o terceiro, dando esperanças à torcida napolitana, porém ficou nisso. Apesar do orgulho dos tifosi pela vitória sobre a maior potência do futebol italiano atual, o placar não foi suficiente para classificar o Napoli.
Na final da Copa da Itália, em 2 de junho, em Roma, a Juventus enfrentará a Lazio, reeditando a decisão de dois anos atrás, vencida pela Velha Senhora, que irá atrás de sua 12ª conquista.
Já o clube biancoceleste tentará seu sétimo troféu no torneio.
(ANSA)