A tragédia em Chernobyl
Acidentes em usinas nucleares aterrorizaram o mundo, mas o uso dessa forma de energia só tende a crescer

DESTRUIÇÃO Milhares morreram após a explosão que espalhou material radiativo por todo o norte da Europa
Mundo/Acidentes Nucleares 1986
Em 1986, a União Soviética emitiu um comunicado tão lacônico quanto arrepiante: “Um acidente ocorreu na usina nuclear de Chernobyl, após um reator ser danificado. Medidas estão sendo tomadas para eliminar as consequências do acidente. Aqueles que foram afetados estão recebendo ajuda. Uma comissão governamental foi formada [para acompanhar o ocorrido].”
O anúncio de que havia ocorrido um desastre nuclear só foi feito após muita pressão de diversos países, sobretudo da Suécia, que registrou altos índices de radiação, com xenônio e criptônio varrendo os céus da Escandinávia. Chernobyl ficava 1,5 mil quilômetros a sudeste dali, na cidade cossaca de Pripyat. Durante um teste de segurança, uma reação rápida e incontrolável sobreaqueceu o núcleo da estrutura e provocou uma brutal explosão, seguida por um incêndio. Dezenas de funcionários morreram no acidente. Milhares de moradores morreriam nos anos seguintes. Pripyat se tornaria uma cidade fantasma e, Chernobyl, sinônimo de catástrofe.
As consequências políticas do acidente eram inevitáveis, o que explica a resistência em admiti-lo. O fiasco ao lidar com uma tecnologia que assustava o mundo minou o regime que, três anos mais tarde, entrou em colapso com a queda do Muro de Berlim.
Aquecimento global
Em 2011, um terremoto seguido de tsunami devastou o Japão e causou o derretimento de três dos seis reatores na central nuclear de Fukushima. Cerca de 300 mil pessoas foram evacuadas da região e, felizmente, não houve mortos. Ainda hoje, porém, há registros de contaminação de água do oceano pelo material radioativo. Os dois acidentes aterrorizaram o mundo, mas eles não refletem o pensamendo da comunidade científica sobre o uso de energia atømica. “Uma usina nuclear tem pegada de carbono menor do que uma eólica, quando considerados os impactos envolvidos em sua construção e geração de energia”, afirma Alice Cunha da Silva, 26 anos, que venceu em 2015 a Olímpiada Nuclear, na Áustria. “Além disso, os reatores atuais são feitos para resistir até mesmo ao impacto de um avião em queda.”
Alice talvez seja a personificação de uma mudança em curso. “Espero me tornar uma representante desse setor e ajudar a mudar a imagem da tecnologia”, diz. “Decisões políticas não podem ser tomadas com base em medo e ignorância”. Com 60 novas usinas em construção no mundo, essa é uma mudança e tanto de perspectiva, levada adiante sobretudo pela ameaça do aquecimento global.

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