A Polícia Militar de São Paulo prendeu um traficante que estava na lista dos mais procurados do governo de Minas Gerais na noite de sexta-feira, 15. No momento da prisão, Gilcimar da Silva, de 43 anos, estava em uma casa de shows da capital paulista e usava identidade falsa.

Silva, também conhecido como Cascão, Castor e Tiririca, tem extensa ficha criminal. São 31 mandados de prisão em aberto e pena de mais de 73 anos de prisão em condenações por homicídio qualificado, porte de arma de uso restrito, roubo com emprego de arma de fogo, restrição de liberdade das vítimas em assaltos a bancos, associação criminosa armada e tráfico de drogas.

O condenado figurava como um dos procurados mais perigosos do programa Procura-se, coordenado pela Secretaria de de Justiça e Segurança Pública de Minas (Sejusp), em parceria com as polícias, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Estado.

No momento da prisão, em flagrante, Tiririca usava uma carteira de habilitação falsificada. Ele foi levado à delegacia da Polícia Federal e confessou estar usando nome falso e ter comprado a CNH pelo valor de R$ 2 mil.

A localização do assaltante foi revelada à polícia paulista pela unidade da PF em Ipatinga (MG) e pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado, em Governador Valadares (MG), que reúne integrantes da PF, polícias Civil e Militar de Minas.

Tiririca é conhecido por ter liderado dezenas de assaltos a agências bancárias em todo o Brasil, além de ter feito três fugas. Em uma delas, foi resgatado de uma escolta policial por um grupo armado. A última fuga foi em dezembro de 2018, no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG).

De acordo com nota da PF, em outra fuga, o acusado alegou que tinha parentes no Piauí e solicitou transferência para cumprimento de pena no Estado do Nordeste. Durante o trajeto, ele conseguiu escapar.

Durante uma das prisões de Tiririca, em um condomínio de luxo, a polícia apreendeu?três fuzis M-16, uma escopeta, dinheiro e cinco celulares. Também foi confirmado que ele utilizava ao menos duas identidades falsas, vivendo normalmente sob uma delas com um CPF criado para tal fim.

“A prisão dele representa uma importante vitória no combate ao crime organizado no Brasil. As autoridades estão trabalhando para garantir que ele seja levado à Justiça para responder por seus crimes e enfrentar as penas correspondentes”, disse a PF, em nota.

O diretor-geral da Agência Central de Inteligência da Sejusp, Murillo Ribeiro, afirmou, em nota oficial, que “a prisão é mais um reflexo da cooperação das instituições de segurança pública, em todos os níveis federativos, o que resulta na soma de esforços para a captura dos alvos prioritários”.