O narcotraficante Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, matou a facadas uma jovem de 18 anos dentro de sua cela no presídio em Assunção, no Paraguai, segundo o Ministério Público paraguaio. O boletim de ocorrência foi registrado pela polícia local no sábado 17. As informações são do G1.

Segundo o promotor que cuida do caso, foi “uma atitude extrema de Piloto para impedir sua extradição”. A Justiça do Paraguai autorizou sua extradição em 30 de setembro.

Lidia Meza Burgos visitava Marcelo Piloto pela segunda vez, segundo a polícia. Por volta de 13h50, o guarda que fazia ronda no pavilhão da prisão ouviu gritos vindos da cela de Piloto, e ao verificar, encontrou a mulher caída no chão, ensanguentada. Ela foi encaminhada para atendimento médico, mas não resistiu.

De acordo com o promotor, Marcelo Piloto teria matado a jovem utilizando uma faca de mesa. O corpo de Lidia está sendo submetido a necrópsia; informações preliminares dão conta de que teriam sido 16 golpes.

Ficha criminal
Marcelo Piloto possui extensa ficha criminal, que inclui crimes de homicídio, tráfico e associação para o tráfico, latrocínio e roubos. Ele estava escondido há anos no Paraguai, de onde enviava armas, drogas e munição para abastecer as favelas dominadas pela maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

Segundo a polícia, Piloto chefiava o tráfico de drogas nas comunidades Mandela I, II e III, no conjunto de favelas de Manguinhos. Ele faz parte do grupo de dez traficantes acusados de participar do resgate de Diogo de Souza Feitoza, o DG, de 29 anos, da 25ª DP (Engenho Novo), dia 03 de julho de 2012. Ao todo, ele já tem mais de 25 anos de pena a cumprir.

Ele foi preso em dezembro de 2017 no Paraguai, como resultado de um trabalho integrado entre a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado Segurança do Rio de Janeiro, a representação da Polícia Federal no Paraguai, Agência Antidrogas e Policia Nacional Paraguaia, além da agência antidrogas americana (DEA).