Indicadores Sociais – Habitação

Capital do Ceará, cidade que encanta com suas praias, mar de águas mornas, sol e calor o ano todo, Fortaleza obteve a maior classificação no ranking na segunda edição do anuário As Melhores Cidades do Brasil para municípios de grande porte do Indicadores Sociais, subgrupo Habitação.

Com 2,7 milhões de habitantes, representando quase um terço da população de todo o Estado, é uma cidade bem estruturada. “Fortaleza é historicamente desigual. O meu sonho é seguir trabalhando para fortalecer projetos que contribuam com a melhoria da qualidade de vida dos fortalezenses, que promovam inclusão social, que qualifiquem cada vez mais o serviço público, principalmente nas áreas essenciais, como Saúde e Educação”, declara José Sarto Nogueira Moreira (PDT), prefeito de Fortaleza que está no exercício de seu primeiro mandato.

AS TOP CINCO GERAL

1. Fortaleza (CE)
2. Goiânia (GO)
3. Belo Horizonte (MG)
4. São Paulo (SP)
5. Campinas (SP)

GRANDE PORTE
. Fortaleza (CE)
. Goiânia (GO)
. Belo Horizonte (MG)
. São Paulo (SP)
. Campinas (SP)

MÉDIO PORTE
. Rio das Ostras (RJ)
. Lauro de Freitas (BA)
. Jaraguá do Sul (SC)
. Valparaíso
de Goiás (GO)
. Araçatuba (SP)

PEQUENO PORTE
. Laguna (SC)
. Nova Mutum (MT)
. Jales (SP)
. Goianira (GO)
. Casimiro de Abreu (RJ)

Desenvolvida às margens do rio Pajeú, reúne 34 quilômetros de praia e, com a maior densidade demográfica entre as capitais do País, a metrópole cearense atrai diversos turistas durante todo o ano. O resultado dessa combinação é uma economia aquecida, boas oportunidades de trabalho e uma região excelente para se viver. “Temos sido citados diversas vezes como uma das capitais que mais gera empregos. As obras na cidade, além de melhorarem a qualidade de vida, contribuem com um ambiente favorável aos negócios. Então, trabalhamos para garantir o bom ritmo de realizações”.

Fortaleza viveu grandes mudanças no período de 1860 a 1930, com movimentos culturais e sociais importantes. Em 1875, a elaboração da planta de Fortaleza foi encomendada ao engenheiro Adolfo Herbster, que se baseou na planta de Paris: o engenheiro planejou as ruas a partir do traçado de xadrez. No entanto, com a modernização e o avanço das décadas, coleta de lixo, saneamento básico, drenagem das ruas se tornaram um problema para o município. “Em 2019, a Prefeitura iniciou um megapacote de obras que têm levado não apenas drenagem, mas também saneamento e urbanização a diversos bairros com baixo IDH. Ao todo investimos US$ 150 milhões, com o Proinfra, que vem realizando obras. As comunidades atendidas pelo Proinfra são antigas áreas de alagamentos, onde as vias não possuíam nenhuma condição de tráfego e salubridade. A meta é urbanizar, até 2023, mais de 950 vias”, diz Moreira.

CULTURA E TURISMO Os dois pilares de arrecadação de Rio das Ostras (Crédito:Divulgação)

Rio das Ostras

Apesar de uma história antiga de cerca de quatro mil anos, comprovados por áreas de sítios arqueológicos demarcadas em 1967 por pesquisadores do IAB (Instituto de Arqueologia Brasileira), Rio das Ostras, o município campeão de médio porte no subgrupo Habitação da segunda edição do anuário As Melhores Cidades do Brasil, ganhou sua emancipação apenas em 1992. É uma cidade plena de recursos naturais e sua memória está na essência da cultura dos antigos povos que habitavam a região há milhares de anos.

Com aproximadamente 160 mil habitantes, é uma localização estratégica que privilegia o turismo e produção de petróleo. “Nossa cidade vem crescendo a cada dia, habitacional e demograficamente. Baseado no último censo do IBGE, até 2021, temos imprimido um crescimento de 2,79%. É importante destacar que nosso município está localizado em uma região extremamente importante do Rio de Janeiro, inserida na Bacia de Campos, produtora de petróleo e gás natural. Isso reforça a vocação para receber empresas que atendam o segmento. Fomos o primeiro município do Estado a criar a Zona Especial de Negócios, que abriga cerca de 50 empresas das indústrias brasileira e internacional”, argumenta o prefeito Marcelino Carlos Dias Borba (PV), eleito em julho de 2018, e reeleito em 2021.
Localizada na Região dos Lagos/ Costa do Sol, importante área litorânea carioca, que recebe milhares de visitantes anualmente, a cidade tem no turismo e na cultura dois pilares de extrema importância como fontes de arrecadação. “Com investimentos no turismo de lazer, cultural e de eventos, incrementamos nossa economia. Recebemos um reconhecimento, até internacional, pela qualidade dos nossos eventos como o Rio das Ostras Jazz & Blues Festival e o Encontro Internacional de Motociclistas – Ostrascycle. Nosso maior desafio é equilibrar as contas públicas, atrair novas empresas e investimentos para impulsionar a economia, além de proporcionar qualidade de vida para os cidadãos priorizando a Saúde, Educação e Segurança”.

Rio das Ostras, desde a sua emancipação, implantou inúmeras políticas públicas setoriais, culturais, ambientais e urbanas. “Temos trabalhado para reduzir nosso déficit habitacional e o município segue em busca de recursos federais e estaduais para a implementação de mais projetos. A Prefeitura, juntamente com a Caixa Econômica Federal deu andamento ao Programa Minha Casa Minha Vida, entregando, em 2018, 240 unidades habitacionais e, em 2019, mais 240, totalizando 480 entregues a famílias de baixa renda”.

Laguna

Cercada de belezas naturais impressionantes, Laguna é o município de pequeno porte vencedor no grupo Indicadores Sociais, subgrupo Habitação. Muito charmoso e cheio de histórias para contar, berço de Anita Garibaldi, tem um importante papel na história do Estado. Considerada a cidade mais antiga de Santa Catarina, seu centro histórico é composto por um belo conjunto arquitetônico tombado pelo Patrimônio Nacional.

“Nossa cidade é voltada ao turismo, por isso nos dedicamos em fazer uma gestão pensando na melhoria da infraestrutura para os lagunenses, o que, consequentemente, deverá refletir também nos nossos visitantes. De janeiro de 2021 até o momento tiramos do papel alguns projetos que têm forte ligação com o desenvolvimento turístico da nossa região, melhorando a qualidade de vida também de quem aqui reside”, revela Samir Ahmad (PP), atual prefeito da cidade.

Laguna está localizada no litoral catarinense, a cerca de 130 quilômetros da capital, Florianópolis. Com população que embora aponte para aproximadamente 46 mil habitantes, o prefeito relata a certeza de que esse número aumentou bastante, levando em consideração que durante o período de pandemia muitas pessoas chegaram a Laguna, buscando a qualidade de vida. “Nos últimos anos, o município vem crescendo e se desenvolvendo e um dos fatores que fomentou isso foi a duplicação da BR-101, fazendo com que a mobilidade entre Laguna e as cidades vizinhas melhorasse”, explica Ahmad.

PRESERVAÇÃO DAS RAÍZES Casario histórico: patrimônio da cidade (Crédito:Divulgação)

A economia baseia-se principalmente na pesca e turismo, dois setores que recebem um olhar atento da gestão atual. Com alta reprodução de camarão e siri em suas lagoas e de pescados na costa do Atlântico Sul, o principal projeto do prefeito é construir uma ponte interligando a ilha de Santa Marta ao continente. “A obra que deverá mudar o rumo da cidade é essa ponte sobre o canal da barra, que permitirá o desbloqueio do canal, melhorando a mobilidade e trazendo desenvolvimento econômico ao setor náutico e pesqueiro”, conta.

As construções ecléticas estão localizadas principalmente na parte mais central do centro histórico, a maioria construída para uso residencial. Em 1985, após estudos baseados em levantamento, o Iphan propôs o tombamento de uma parte da cidade, considerada, por suas características, fundamental à manutenção da identidade e da paisagem urbana tradicional. “Tornar Laguna um município sustentável socioeconomicamente, com base na indústria do Turismo, é o meu sonho como gestor, pois esse setor também proporciona qualidade de vida ao cidadão e sua família”.