A limpeza da enorme ponte que desabou esta semana em Baltimore, nos Estados Unidos, começa neste sábado, 30. Segundo informaram autoridades locais, trata-se de “um processo que se anuncia longo e difícil”.

Um guindaste deverá erguer a primeira parte da estrutura previamente cortada pelos serviços de emergência. “Este é o primeiro passo antes de muitos, muitos outros”, disse o secretário de Transporte do estado de Maryland, Paul Wiedefeld, durante coletiva de imprensa. “Mas é um passo importante”, reforçou.

Um funcionário da guarda-costeira americana, Shannon Gilreath, explicou que será mobilizado um guindaste capaz de erguer mais de 100 toneladas para mover a parte cortada. O governador de Maryland, Wes Moore, esclareceu que não se trata da estrutura que desabou em cima do cargueiro Dali, que ainda está no local.

A embarcação se chocou com a ponte Francis Scott Key no meio da noite no começo desta semana, devido a problemas de propulsão.

Moore explicou que o objetivo da operação é liberar um trecho completo da ponte para abrir um “canal temporário” e que mais embarcações possam participar dos trabalhos, mas disse que este processo vai levar “dias”. Limpar a ponte e liberar o cargueiro é uma prioridade para as autoridades locais, conscientes do impacto econômico que significa o bloqueio do porto de Baltimore.

“Ao menos 8.000 trabalhadores portuários foram diretamente afetados”, disse o governador, que iniciou a coletiva lembrando as vítimas da tragédia. Seis trabalhadores latino-americanos que estavam na ponte no momento do acidente são considerados mortos. Apenas os corpos de dois deles foram encontrados.

As operações para encontrar os outros quatro continuam suspensas depois que as autoridades consideraram perigoso demais o trabalho dos mergulhadores no local do acidente.