O Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou nesta quinta-feira que investigará exaustivamente as acusações publicadas em alguns jornais contra o argentino Luis Moreno Ocampo, ex-promotor desta corte internacional, que julga crimes de guerra, contra a humanidade e genocídios.

A investigação foi aberta após “recentes acusações publicadas na imprensa sobre o comportamento repreensível do ex-promotor (Moreno Ocampo) e de alguns membros anteriores e atuais do gabinete”, afirmou Fatou Bensouda, a atual promotora do TPI e sucessora de Moreno Ocampo.

“Na minha qualidade de promotora, estou preocupada e levo muito a sério as acusações”, afirmou Fatou Bensouda, que disse que absterá de qualquer especulação” e “respeitar o procedimento”.

Desde sexta-feira, os artigos publicados em diferentes jornais apontam o ex-promotor do TPI, baseando-se “em 40.000 documentos, incluindo e-mails privados” e relativos a “transações financeiras privadas” de Moreno Ocampo, segundo o TPI.

Moreno Ocampo, de 65 anos, foi o primeiro promotor do TPI (2003-2012) e antes participou em processos a militares argentinos violadores de direitos humanos durante a ditadura (1976-1983).

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