O Tribunal Penal Internacional (TPI) irá pronunciar em 27 de setembro sua sentença contra o extremista islâmico malinense acusado de ter destruído mausoléus na cidade histórica de Timbuktu, no norte do Mali, informou nesta quarta-feira o juiz ao final de um julgamento histórico.

“A câmara irá agora retirar-se para preparar o seu julgamento e sentença (…) Serão pronunciados simultaneamente”, declarou o juiz Raul Pangalangan ao final do processo, que durou apenas três dias.

Desde o primeiro dia de julgamento, na segunda-feira, Ahmad al Faqi al Mahdi se declarou culpado pela destruição, em junho e julho de 2012, de nove mausoléus de Timbuktu e do portal da mesquita de Sidi Yahia, monumentos classificados no Patrimônio Mundial da Unesco.

A sua declaração de culpa foi “um comportamento sem precedentes perante o Tribunal”, segundo a acusação, que solicitou uma sentença de entre nove e onze anos de prisão.

No início do julgamento, a promotoria havia anunciado um acordo com a defesa segundo o qual Mahdi admitiria a culpa e recorreria se a sentença correspondesse à solicitada.

Os juízes de Haia, que não estão vinculados a este acordo, podem decidir uma pena de até 30 anos de prisão.

A defesa concluiu os debates, defendendo um “homem honesto”, que por um momento se “extraviou”.