A promotora do Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou nesta sexta-feira a abertura de uma investigação sobre supostos crimes de guerra nos territórios palestinos.
“Estou satisfeita com a existência de uma base razoável para investigar a situação na Palestina”, disse Fatou Bensouda, afirmando que antes de iniciar as investigações, pedirá ao Supremo Tribunal que decida em que território terá jurisdição, já que Israel não é membro do TPI.
Em reação imediata à notícia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou fortemente o anúncio do TPI.
“A decisão do Tribunal Penal Internacional transformou o TPI em uma ferramenta política para deslegitimar o Estado de Israel”, disse Netanyahu em comunicado, acrescentando que este é um “dia sombrio para a verdade e justiça”.
Os palestinos, por sua vez, saudaram o anúncio. “O Estado da Palestina saúda esta etapa, que deveria ter sido tomada há muito tempo (…) a fim de alcançar uma investigação após quase cinco longos anos”, declarou o ministério das Relações Exteriores palestino.