Claudio de Oliveira cresceu em São Paulo, mas vive nos Estados Unidos desde 2003. Aqui, foi office-boy, técnico de telefonia, professor de dança, comissário de voo. Lá, estudou animação e trabalha na Pixar desde 2013. Em Toy Story 4, seu trabalho principal foi animar o novo personagem Garfinho.

Qual é o equilíbrio entre técnica e arte no seu trabalho?

Antigamente, no desenho 2D, talvez tivesse um lado mais puramente artístico, não tão técnico. Hoje em dia é uma mistura muito grande. Alguns animadores são bons tecnicamente e não tão criativos, mas conseguem produzir algo bom. Aqui na Pixar há uma liberdade para colocar sua opinião, sua ideia. Para o animador isso é muito bom porque a atuação visual do personagem é nossa.

Como funciona a divisão de trabalho nos filmes?

Tem mudado. Antigamente, você ficava com um personagem. Mas hoje em dia se trabalha mais com cenas. Apesar disso, no Toy Story 4, fiquei a maior parte do tempo com o Garfinho. Era o que eu queria.

Com o que você compararia o trabalho de animador? Qual é a sua ferramenta?

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Sou um “digital pupeteer”. Como é essa palavra? Titereiro digital. Não manipulo as cordas de um boneco, mas sim as ferramentas digitais para ele se mover ali. O computador ajuda muito, mas eu uso a minha mão para animar os personagens.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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