Duas vitórias seguidas na temporada da Fórmula 1 e a direção da equipe Mercedes não consegue esconder a satisfação por, finalmente, ter ajustado o carro para voltar a ser competitiva com Red Bull, Ferrari e McLaren. Os triunfos de George Russell na Áustria e de Lewis Hamilton em Silverstone deixaram o diretor executivo Toto Wolff empolgado.

“Vocês podiam ver que cinco corridas atrás não éramos nem mesmo candidatos ao pódio, o que parecia o terceiro ano de baixa performance. De repente, tudo o que não fazia sentido, fez sentido, e os resultados da direção do desenvolvimento são como nos velhos tempos”, comemora o chefe da Mercedes. “Estamos encontrando desempenho, estamos colocando isso no carro, e isso se traduz em tempo de volta. Esse não foi o caso nos últimos dois anos”, admitiu Wolff.

A Mercedes fracassou em 2022 e 2023 e prometia fazer de tudo para voltar a ser competitiva neste ano. Mas o começo foi desanimador, com Hamilton e Russell para trás no grid. Agora, as coisas parecem ter se acertado e a ordem na equipe é ter cautela.

“A Mercedes não deve se deixar levar por sua forma recente, mas a equipe está claramente de volta à disputa”, admite, após a vitória em Silverstone. “Sim, agora parece que sim, porque na Áustria estávamos muito longe”, seguiu. “Se você olhar para a diferença que tínhamos antes de Verstappen e Norris baterem, era quase dois décimos por volta, um pouco mais.”

Ficar andando bem para trás das concorrentes vinha tirando o sono na Mercedes. E Wolff não escondeu esse desânimo. “Foi o mais perto que chegamos por muito tempo de uma pista que não gostávamos tanto no passado. Isso meio que nos deu dicas de que poderia estar ficando muito melhor”, explicou.

Pelos planos da Mercedes, ainda em quarto no Mundial de Construtores, a melhora na temporada era para ser demonstrada apenas nas duas próximas etapas. “Sinceramente, não achávamos que seria em Silverstone, porque mais coisas estávamos colocando no carro, estávamos esperando (a volta por cima) em Budapeste (próxima etapa, dia 21 de julho) ou Spa (Francorchamps, na Bélgica, marcado para 28 de julho), mas justificamos que o que fizemos é o certo no momento”, completou Wolff.