Tem festa do que há de melhor na música popular brasileira. Anfitrião: Carlinhos Vergueiro, um dos principais compositores do País. O show é no dia 1 de abril, na Sala Adoniran Barbosa, do Centro Cultural São Paulo (na capital paulista). O nome do espetáculo, aliás, é o mesmo de uma das composições de Carlinhos em parceira com Adoniran: Torresmo à Milanesa. No show, Carlinhos faz uma ampla retrospectiva de sua carreira (sorte nossa!), e nele estão incluídas composições como: Por que Será (parceria com Vinicius de Moraes e Toquinho), Como um Ladrão, canção que revolucionou música e verso no Brasil e deu a Carlinhos o primeiro lugar no Festival Abertura da Rede Globo em 1975. O cardápio artístico inclui ainda o seu mais recente álbum, que é algo especial em criatividade, intitulado Tô aí — feito durante a pandemia, Carlinhos nos ensinou que, diante das vicissitudes da vida, o melhor é a gente cantar o seu maravilhoso Cantei Meu Samba. O evento é gratuito, começa às 19 horas. Ingressos disponíveis na bilheteria a partir das 18 horas.

História do Torresmo

Assim nasceu a música que dá titulo ao show: Carlinhos e Adoniran compuseram-na em um botequim. Falava de bife à milanesa. O bife se tornou torresmo a pedido de Adoniran. Carlinhos perguntou a razão. “Porque não existe”, respondeu o parceiro. Adoniran quis que fosse “um torresmo” e não “torresmo”, que dá ideia de quantidade. Por que? “Porque é mais triste”.

Raras raias na Baía da Guanabara

FENÔMENO Um dos peixes: envergadura de até três metros (Crédito:Divulgação)

Raras raias na Baía da Guanabara Quem olha as poluídas águas da Baía da Guanabara dificilmente consegue imaginar que alguma espécie de peixe consiga nelas sobreviver. Há, no entanto, uma surpresa: mais ao fundo, embora próximo à orla, vivem ali algumas das mais raras raias do planeta, com envergaduras que chegam a três metros. A descoberta dessa riqueza viva deve-se ao biólogo marinho Ricardo Gomes, diretor do Instituto Mar Urbano. No mês que vem o instituto lançará um filme sobre as aventuras da expedição que localizou e fotografou as raias.

ACIDENTE
A estranha queda (perpendicular ao solo) do avião chinês

ZHOU HUA

Despencando oito quilômetros em dois minutos e com a parte dianteira voltada em linha reta para o solo, um avião da companhia China Eastern Airlines caiu na segunda-feira 21 em região montanhosa ao sul do país asiático. A explosão causou incêndio florestal. Havia cento e trinta e duas pessoas a bordo, e, setenta e duas horas após a tragédia, as equipes de resgate, valendo-se de drones, acreditavam não existir sobreviventes. Especialistas chineses e dos principais países se surpreenderam com a velocidade e a forma da queda: a aeronave perpendicular em relação ao solo. Também chama a atenção o fato de o acidente ter ocorrido quando o avião estava na “fase de cruzeiro” (ponto mais alto, com o piloto automático acionado e sem procedimentos de subida ou descida). Entre 2011 e 2020, somente 13% dos casos se deram nessa etapa do voo.

ESPERANÇA Equipes de resgate: incansável busca por sobreviventes (Crédito:JIANG HUAIPENG)

DITADURA MILITAR
A traficante e o irmão marechal

IRMÃOS Ilma e Iris: acusações de tráfico e de crimes no regime de exceção (Crédito:Divulgação)

O militar Iris Lustosa de Oliveira (hoje com 96 anos e na reserva ostentando absurdamente a patente de marechal) chefiou o Centro de Informações do Exército no período entre novembro de 1983 e março de 1985, quando era general. É apontado pela Comissão da Verdade como um dos criminosos da ditadura, que usurpou dos civis o poder em 1964. O seu nome volta a aparecer publicamente porque ele é irmão de Ilma Lustosa, 88 anos, presa recentemente pela Polícia Federal, no Rio de Janeiro. Contra ela pesa a acusação de fazer de sua casa um entreposto para o contrabando de armamentos vindos dos EUA. Há uma troca de mensagens entre Ilma e o filho João Marcelo: “vou botar na Internet, irmã do general Iris Lustosa”, afirmou ele, postando a foto da mãe com um fuzil. Ela respondeu: “Não faça isso, Marcelo, porque o nome do Iris está sendo procurado”. Segundo a PF, João Marcelo é o chefe da quadrilha, que fornecia armamentos para o ex-PM Ronnie Lessa, preso pelo assassinato de Marielle Franco.