A torre Eiffel seguirá fechada na manhã de sábado (24), pelo sexto dia consecutivo, devido a uma greve de funcionários, informaram os sindicatos nesta sexta-feira.

A “Dama de Ferro” está com as portas fechadas desde segunda-feira, depois que os sindicatos de seus funcionários, FO e CGT, convocaram uma greve para “denunciar a gestão atual” do monumento.

O fechamento deixou muitos visitantes frustrados, sobretudo os turistas estrangeiros.

Nesta sexta, “a assembleia geral dos funcionários votou por continuar a greve”, confirmaram em um comunicado a GGT e a FO.

O delegado sindical da CGT, Stéphane Dieu, disse à AFP que a greve continuaria porque “o único avanço” alcançado na quinta-feira foi “que a prefeitura se sentasse à mesa de negociações”.

A cidade de Paris é proprietária do monumento e acionista majoritária da SETE, a empresa que gere a torre, um monumento que, aos finais de semana, recebe cerca de 20.000 visitas por dia.

No sábado de manhã, será realizada uma nova assembleia geral para decidir se o protesto deve continuar.

Se a greve se prolongar para além do domingo, será a mais longa da história recente da Torre Eiffel, que periodicamente é atingida por greves.

No outono de 1998, o emblemático monumento parisiense permaneceu fechado por seis dias e meio.

Os sindicatos criticam a prefeitura de Paris que, segundo eles, impõe um modelo de negócio “insustentável” devido a um desequilíbrio entre o valor das entradas e os gastos, exacerbado pela crise da covid-19.

O equilíbrio econômico da torre Eiffel viu-se afetado pela perda de cerca de 120 milhões de euros (641 milhões de reais) em entradas durante os dois anos da crise sanitária (2020-2021).

O monumento recebeu 6,3 milhões de visitantes em 2023, um número maior que em 2019, antes da pandemia.

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