A torre Eiffel fechou, nesta quarta-feira (21), pelo terceiro dia consecutivo por uma greve de seus funcionários, que denunciam a gestão financeira da empresa que opera o monumento, confirmaram os dois sindicatos que representam os empregados à AFP.

“Estamos decididos, e temos a impressão de que eles não estão fazendo nada”, disse Nada Bzioui, delegada sindical do Força Operária (FO), no terceiro dia de uma greve da qual também participa a Confederação Geral do Trabalho (CGT).

“Me surpreenderia se [a torre Eiffel] abrisse amanhã”, quinta-feira, acrescentou Bzioui.

Os dois sindicatos convocaram a greve para “denunciar a gestão atual” do monumento. A paralisação acontece a cinco meses das Olimpíadas, que ocorrerão de 26 de julho a 11 de agosto.

As negociações foram concluídas na terça-feira sem acordo, pois o pedido dos sindicatos de contar com um representante da prefeitura não foi atendido. A prefeitura é a acionista majoritária (99%) da SETE, empresa que gere o monumento.

Os sindicatos denunciam que a prefeitura impõe um modelo de negócio “insustentável” devido a um desequilíbrio entre os preços dos ingressos e os gastos, ampliado pela crise da covid-19.

O equilíbrio econômico da torre Eiffel se viu afetado pela perda de cerca de 120 milhões de euros (641 milhões de reais) em entradas durante os dois anos da crise sanitária (2020-2021).

O monumento recebeu 6,3 milhões de visitantes em 2023, um número maior que em 2019, antes da pandemia.

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