O ministro da Justiça, Torquato Jardim, confirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que questionou o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, a respeito do uso de algemas nos pés e nas mãos do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Torquato, entretanto, disse que não há prazo para um posicionamento da PF e que ainda aguardará a comunicação ao juiz federal Sérgio Moro e ao Ministério Púbico Federal.

O ministro também preferiu não comentar se houve abuso na ação. “Sem juízo prévio algum”, disse.

Na sexta-feira, ao ser transferido para Curitiba, Cabral teve as mãos e os pés algemados, o que fez o juiz federal Sérgio Moro intimar, na segunda-feira, a Polícia Federal a esclarecer a ação. Investigação, “em caráter de urgência”, sobre o caso também foi pedida ao Ministério Público Federal do Rio e à PF pela 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, em ofício assinado pela juíza Caroline Vieira, que substitui o juiz Marcelo Bretas, que está de férias.

Mais tarde, a força-tarefa da Lava Jato do Rio também encaminhou aos procuradores do MPF no Paraná ofício em que requer a apuração do caso. No documento, assinado por dez procuradores do Rio, eles ressaltam que o ex-governador não é um preso “com histórico de violência física”.

O policial federal Jorge Chastalo Filho, chefe da escolta que conduziu Cabral ao Instituto Médico Legal de Curitiba, afirmou à PF que o uso de algemas nas mãos e nos pés do ex-governador foi “necessário e coerente”. O ex-governador foi transferido da cadeia de Benfica, no Rio, onde estava preso, para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense, por ordem judicial. As informações foram repassadas a Moro.

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