A organização do Torneio de Madri pediu desculpas, nesta quinta-feira, por não ter permitido que as finalistas da disputa feminina por duplas, entre elas a brasileira Beatriz Haddad Maia, campeã ao lado da belarussa Victoria Azarenka, fizessem o tradicional discurso em quadra após a conquista. O protocolo de dar o microfone aos campeões e vices foi seguido nas finais masculinas em simples e duplas, assim como na decisão feminina em simples.

“Nós oferecemos nossas sinceras desculpas para as jogadoras e para os fãs que esperavam mais do Aberto de Madri”, afirmou Gerard Tsobanian, CEO do torneio. “Não dar às nossas finalistas a chance de falar com a torcida depois da partida foi algo inaceitável”, completou.

O posicionamento de Tsobanian veio após a situação gerar muitas críticas feitas por jogadoras e por fãs nas redes sociais. O CEO garantiu que o “erro jamais acontecerá novamente” e que a organização “está trabalhando intensamente com a WTA para revisar os protocolos”.

Bia Haddad e Azarenka foram campeãs no último domingo, quando venceram as americanas Jessica Pegula e Coco Gauf, favoritas ao título, por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/4. Pegula reclamou da organização por não ter seguido a cerimônia das outras finais. “Nunca ouvi falar disso na minha vida. Não sei em que século todos estavam vivendo quando tomaram essa decisão”, afirmou.

A discussão sobre a disparidade de tratamento entre o tênis masculino e o feminino tem se intensificado. Durante o Torneio de Madri, foram feitas críticas em razão das roupas curtas vestidas pelas gandulas. Além disso, torcedores apontaram, nas redes sociais, a diferença do tamanho dos bolos dados a Carlos Alcaraz e Aryna Sabalenka, que fazem aniversário na mesma data, 5 de maio, e foram os campeões em simples.

Alcaraz ganhou um bolo gigante e Sabalenka recebeu um muito menor. Parceira de Bia nas duplas, Sabalenka se indignou com a situação. “Não poderiam ser mais precisos no tratamento”, ironizou em uma publicação no Twitter.