Os jogadores do Botafogo se depararam com um protesto no CT do clube, nesta quarta-feira, quando chegaram ao local para o último treino antes do duelo de quinta com o Grêmio, pela 33ª rodada do Brasileirão. O grupo de cerca de 50 torcedores, liderado pela torcida organizada Fúria Jovem, gritou frases como “se não ganhar a porrada vai comer!” e conseguiu conversar com alguns atletas do elenco, como Victor Sá, Rafael e Marçal. O ex-zagueiro Joel Carli, atualmente auxiliar técnico, também parou para falar.

Aglomerados, os torcedores alvinegros cercavam os carros dos jogadores que chegavam ao local. Antes disso, espalharam cartazes por toda a entrada do CT pedindo “luta” e “raça” ao elenco. Um deles dizia: “A torcida não merece. Sempre apoiamos”. O tom ameaçador adotado no início do protesto se limitou aos cânticos e a linha de manifestação pacífica não foi cruzada em nenhum momento.

O Botafogo vive uma queda drástica de rendimento na segunda metade do campeonato, depois de encerrar o primeiro turno com uma vantagem de 13 pontos para o segundo colocado. Conseguiu manter a diferença de no mínimo sete pontos até a 30ª rodada, quando a viu cair para seis. A partir daí, a situação se complicou ainda mais e o time carioca terminou 32ª rodada ainda líder, mas com os mesmos 59 pontos que o vice-líder Palmeiras.

O cenário só não é mais dramático porque os botafoguenses têm de repor um jogo atrasado da 29ª rodada, contra o Fortaleza, dia 23 de novembro. O Botafogo ainda depende apenas das próprias forças para ser campeão, mas abriu caminho para outros times, além do Palmeiras, também brigarem pelo título, caso do Red Bull Bragantino (58 pontos), que também tem um jogo a menos, e Grêmio (56). Até Flamengo e Atlético-MG, ambos com 53 pontos, começaram a sonhar.