04/12/2024 - 13:54
O senador Jorge Seif (PL-SC) saiu em defesa dos policiais envolvidos no episódio em que um homem foi jogado de uma ponte em um córrego na Cidade Ademar, Zona Sul de São Paulo, na segunda-feira, 2.
“Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego? Não foi do penhasco? Porque com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio. Minha solidariedade e apoio INCONDICIONAL aos PMs e ao Secretário de Segurança Publica Guilherme Derrite. O “filósofo” Sivuca já dizia em 1986 “bandido bom é bandido morto”. Tá com pena das vítimas da sociedade? Leva pra casa!”, escreveu.
Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego? Não foi do penhasco? Porque com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo.…
— 🇧🇷 Jorge Seif Junior (@jorgeseifjunior) December 4, 2024
O episódio resultou no afastamento de treze policiais de suas funções. A SSP classificou a conduta como ilegal e afirmou ter instaurado um inquérito para “apurar os fatos e responsabilizar todos os agentes”.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou o ocorrido, mas negou demitir o secretário da Segurança Pública do Estado, Guiherme Derrite, ao ser questionado por jornalistas sobre a violência policial no estado.
A violência pública paulista
A polícia de São Paulo matou 496 pessoas entre janeiro e setembro de 2024, o maior número para o período desde 2020, quando houve 575 óbitos desse tipo. Desde 2023, a alta da letalidade pelas forças de segurança foi impulsionada por operações policiais na Baixada Santista e, em novembro, chamaram a atenção os casos de Ryan Andrade, de 4 anos, e do estudante de Medicina Marco Aurélio Acosta, de 22, baleado na Vila Mariana, zona sul da capital.
Questionado sobre a violência policial na ocasião das letais operações na Baixada Santista, Tarcísio ironizou as denúncias de moradores de Santos e da Defensoria Pública do estado: “O pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não estou nem aí”. O político ainda reforçou o apoio ao trabalho do Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que já foi investigado por 16 homicídios ocorridos durante operações policiais das quais integrou.