Tom Hanks volta ao papel do especialista em simbologia Robert Langdon em Inferno, sua quinta colaboração cinematográfica com o diretor Ron Howard. Ele conversou com a reportagem:

Qual sua experiência mais fisicamente exigente ao rodar Inferno?

Nos Jardins Boboli. Porque estávamos correndo daquele drone em cima de cascalho, ou naqueles paralelepípedos antigos, escadas. Mas até que acaba sendo divertido. É bom, te mantém em forma!

De que mais tem medo?

Ignorância. Tem muito dinheiro a ser ganho com a exploração da ignorância. Muito poder a ser conquistado utilizando o que é essa ignorância. A ideia de não ir além da resposta mais fácil, esse é o verdadeiro perigo. Acho que faz parte da natureza humana que 49% das pessoas fiquem totalmente felizes por permanecer ignorantes. Por sorte há outros 51% sempre querendo mais informações. E esses dois pontos porcentuais parecem nos manter num caminho levemente favorável.

Então, você é otimista?

Acho que sou um pragmático. Não tiro conclusões precipitadas. Sempre cavo um pouco mais para procurar as causas. Estudo história e fico deslumbrado quando a história parece estar falando dos dias de hoje. E isso é verdade mesmo voltando bem para trás, para a Florença do Renascimento, no século 14, quando havia muita ignorância, mas também iluminamento. E qual venceu? O iluminamento acabou ganhando, não foi?

Muita gente acha que, em Inferno, Langdon é como Jason Bourne, porque perde sua memória, todo o mundo quer matá-lo, e ele é a ultima esperança do mundo. O que acha disso?

Acho que os filmes de Jason Bourne se alimentam um do outro. Nossos filmes são histórias independentes uma das outras. Mais como as de Sherlock Holmes, com inícios distintos e em que o que aconteceu antes não importa tanto. Ninguém precisa ver os dois filmes anteriores para saber quem é Langdon. Mas a maior diferença mesmo é que Jason Bourne dá porrada, enquanto Robert Langdon leva porrada!

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