Dias Toffoli mudou de ideia em uma decisão sua que havia barrado um pedido de Konstantinos Kotronakis, ex-cônsul honorário da Grécia no Brasil, alvo da Lava Jato.
Kotronakis e o filho dele, Georgios, haviam buscado junto a Toffoli a extensão da decisão do ministro que anulou os processos da operação contra o doleiro Alberto Youssef. A alegação era que a ação contra os Kotronakis na Justiça Federal incluiu diversas provas obtidas a partir de buscas contra Youssef, invalidadas pelo STF.
Konstantinos Kotronakis foi alvo da 43ª fase da Lava Jato, baseada na delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Costa relatou ajustes com o ex-cônsul honorário da Grécia por um suposto esquema de contratação de navios gregos em troca de informações privilegiadas e propina.
Em outubro, Toffoli, inicialmente, rejeitou o pedido, por considerar que se tratava de situações distintas.
Nessa quarta-feira, 26, no entanto, ele reavaliou sua posição parcialmente. O ministro decidiu conceder ao ex-cônsul grego e seu filho um habeas corpus de ofício para anular e excluir da ação todas as provas apreendidas com o doleiro. Também foram invalidados atos processuais baseados nesse material.