Tida como uma das capitais culturais da Europa, Roma concentra histórias que transcendem milênios e, mesmo diante de uma pandemia, despertam a curiosidade do povo. Recentemente a prefeitura da cidade anunciou a reabertura do Mausoléu de Augusto após cerca de 14 anos de reformas. O governante foi o primeiro imperador romano e o ergueu em 28 a.C como forma de eternizar seu legado. Para espanto de especialistas em museus e autoridades políticas, depois que o fim da revitalização foi noticiado, os ingressos para visitar a construção se esgotaram em 24 horas. Inclusive, estima-se que a “super demanda” possa ser um recorde. O período de visitação vai de 22 de abril até 30 de junho.

Segundo Marcos Lima, coordenador do Museu da Obra Salesiana no Brasil (MOSB/Unisal), um dos motivos para o alvoroço em torno das instalações se deve ao fato da Itália ser um País muito educado culturalmente e, por isso, independentemente das restrições sanitárias impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), há uma curiosidade permanente sobre o local. “A economia italiana é pautada por turismo e cultura. Eles respiram isso. São bem apegados com suas origens”, afirma. “Augusto foi um grande líder e o interesse sobre sua vida é enorme.”

Como Roma completa 2.774 anos de fundação no dia 21 de abril, a prefeitura prepara atrações especiais independente do isolamento social, sendo assim, investiu alto na modernização do mausoléu. Agora, por conta da tecnologia, qualquer pessoa pode fazer um “tour virtual” nas instalações imperiais, não importa onde esteja. A iniciativa é comum em museus como o Louvre, na França. “O tour virtual é uma tendência mundial porque promove uma experiência incrível para os visitantes”, diz Marcos Lima. “No entanto, é claro que não substitui a visitação presencial”. Apesar da pandemia, não dúvidas de que a novidade veio para ficar. Quem quiser “passear” pelo lugar basta pesquisar: “Mausoléu de Augusto tour virtual” na internet e conhecer mais sobre o imperador romano.