WASHINGTON, 1 AGO (ANSA) – O favorito entre os democratas para enfrentar o presidente Donald Trump nas próximas eleições de 2020, Joe Biden, foi o principal alvo durante o segundo debate entre os pré-candidatos do partido, realizado na noite desta quarta-feira (31) na rede “CNN”. O ex-vice de Barack Obama enfrentou uma artilharia dos nove outros democratas: os senadores Cory Booker e Michael Bennet; a senadora Kirsten Gillibrand; a deputada Tulsi Gabbard; o governador do estado de Washington, Jay Inslee; o prefeito de Nova York, Bill de Blasio; o ex-secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano Julián Castro; o empresário Andrew Yang; e sua principal algoz, a senadora pela Califórnia, Kamala Harris, que também demonstrou vulnerabilidade perante aos outros rivais. “Pega leva comigo, menina”, sussurrou Biden enquanto apertava as mãos de Harris, que, no primeiro debate, o atacou por votar contra o serviço de transporte obrigatório para integra alunos negros nas escolas, e o acuso de ter colaborado com senadores que pregam a segregação. As acusações continuaram sendo relembradas. “Se estes segregacionistas tivessem vencido, eu não seria membro do Senado nem Barack Obama poderia tê-lo nomeado vice-presidente”, disse ela. Além disso, Biden e Harris foram confrontados sobre dois temas centrais, saúde e imigração, e apresentaram propostas bem diferentes. Ele, que pretende fortalecer o Obamacare, criticou o plano da senadora dizendo que é muito caro, pesaria na classe média e excluiria o seguro privado.   

A senadora, por sua vez, não conseguiu explicar claramente seu projeto e a fonte de financiamento, já que é estimado em US$30 trilhões em 10 anos. “Temos que concordar que o acesso à saúde deve ser um direito, e não um privilégio”, argumentou Harris, que devolveu as críticas de Biden, classificadas de “imprecisas”, acusando-o de, com seu plano, deixar 10 milhões de pessoas sem cobertura de saúde. Em relação à imigração, Harris defendeu a descriminalização da imigração ilegal no país, principal legislação usada por Trump contra imigrantes. Biden, por sua vez, já é alvo de críticas desde o governo de Obama, quando apoiou uma política que determinou a deportação de milhares de pessoas. Já o senador Booker também foi outro que atacou o ex-vice de Obama por sua atuação na lei penal de 1994, considerada responsável por aumentar o encarceramento de negros.   

Joe Biden é o pré-candidato democrata favorito e lidera as pesquisas com 32,2% das intenções. (ANSA)