Uma das principais participantes do Minha Casa Minha Vida (MCMV), a Direcional Engenharia afirmou que novas contratações de obras das faixas 2 e 3 do programa continuam a operar normalmente, assim como as obras em andamento da faixa 1 do programa, de acordo com o diretor vice-presidente, Ricardo Ribeiro. Por isso, “todo plano de negócios da companhia está mantido”.

Já as novas contratações na faixa 1, que se apoiam em subsídios vindos do Orçamento federal, “continuam aguardando decisão do governo”. O executivo ressaltou que, desde 2014, não há contratações de novas obras no segmento mais popular do Minha Casa, por causa das restrições de recursos no governo federal.

As empresas já não tinham expectativa de contratações de novas obras em 2016. Por isso, a falta de contratações novas na faixa 1 “não muda o negócio das empresas”, acrescentou.

O diretor da Direcional relatou ainda que representantes do setor, através da Abrainc, já entraram em contato hoje com o ministro de Cidades, Bruno Araújo, e com a nova secretária de Habitação, Maria Henriqueta Arantes Alves, que garantiram manutenção das contratações das faixas 2 e 3, que se apoiam no Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS).

Os comentários de Ricardo Ribeiro foram feitos após publicação de entrevista do ministro na edição de hoje do >Estado. Na publicação, o ministro não se comprometeu com a meta de contratar 2 milhões de moradias do MCMV até o fim de 2018. Essa era a meta da presidente afastada Dilma Rousseff.

Araújo afirmou também que a terceira etapa do programa está submetida a um processo de “aprimoramento”. Ele também estimou em 40 dias o tempo necessário para fazer um raio-X da principal vitrine do ministério e de outros programas nas áreas de mobilidade e saneamento. Durante esse período, de acordo com o ministro, novas contratações não serão feitas.

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Para Ricardo Ribeiro, da Direcional, a revisão da faixa 1 pode ser positiva, uma vez que indica intenção de continuidade no segmento. Por isso, não há motivo para alarde com os comentários do ministro, uma vez que o setor trabalhava até mesmo com perspectiva de não ter faixa 1 em 2016. “Enquanto o governo não finalizar a análise de Orçamento, continuamos trabalhando com cenário sem faixa 1”, afirmou.


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