Parlamentares reagiram à operação da PF (Polícia Federal), deflagrada na manhã desta sexta-feira, 18, que impôs medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de acesso às redes sociais.
As ordens judiciais, autorizadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), estão sendo cumpridas na residência de Bolsonaro e em locais associados ao Partido Liberal (PL), seu partido.
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Por meio de uma publicação no X, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, classificou a ação contra o ex-presidente como “censura”. “É a tentativa desesperada de calar quem ainda representa milhões”, completou.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) escreveu: “Busca e apreensão, tornozeleira, proibição de falar com embaixadores, diplomatas e até com o próprio filho Eduardo. Isso tudo um dia após Bolsonaro receber uma carta de apoio de Trump. Venezuela está com inveja”.
Já o deputado André Janones (Avante-MG) usou o meme “Toc toc toc” para comemorar a aplicação de medidas cautelares a Bolsonaro. “Grande dia”, afirmou.
O psolista Guilherme Boulos também celebrou o ocorrido e escreveu: “A hora da verdade está chegando. Tic, tac…”.
A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) disse que o ex-presidente “está pagando o preço por ser um traidor da pátria e golpista”.
A parlamentar Sâmia Bomfim (PSOL-SP) destacou que o “cerco vai se fechando, o grande dia está cada vez mais próximo. Que venha a prisão e esse bandido responda por todos os crimes que cometeu contra o Brasil e os brasileiros!”.
Em contrapartida, o deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) disse que, após a carta divulgada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Brasil resolveu dobrar a aposta. “O STF determina mais uma busca e apreensão em Bolsonaro e medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de conversar com diplomatas. Perseguição implacável!”, escreveu.
A líder da minoria na Câmara, a deputada Carol de Toni (PL-SC), disse que a operação da PF “confirma o estado de exceção que estamos vivendo”.
O deputado delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) disse que a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes é “criminosa e absurda”. “O sistema continua sua perseguição contra o maior líder da direita no hemisfério sul e tudo isso tem que acabar!”, completou.