O total de área desmatada ilegalmente no estado do Tocantins é semelhante a aproximadamente 30 mil campos de futebol. Os dados são do relatório apresentado pelo Ministério Público do Estado (MPE). O estudo aponta ainda que oito em cada dez donos de terra responsáveis pelo desmatamento fizeram a retirada sem permissão.

“A gente então faz o cruzamento com várias outras informações de outras instituições. Do Ibama, do órgão ambiental o Naturatins, então a gente vai fazendo um filtro e vamos, digamos assim, limpando essa informação”, explicou o biólogo analista do Mapbiomas, Marlon Rodrigues ao G1.

Com a ajuda de satélites, a devastação pode ser medida e em algumas áreas o comparativo de apenas um ano mostra como a região ficou.

O estudo monitorou 309 propriedades nas quais a área desmatada é superior a 20 hectares.

“Nós separamos as principais propriedades por atividades. Aquelas que a gente entende que têm maiores desmatamentos e maior repercussão no meio ambiente e a gente. No final se não houver um acordo com os produtores rurais ou com o produtor rural a gente amplifica a nossa atuação, a gente fiscaliza as propriedades in loco e a gente acaba propondo ações criminais ou ações cíveis que têm uma repercussão muito danosa também para o produtor”, explicou o promotor Francisco Brandes Júnior.

Outro ponto que o Ministério Público destacou em seu relatório é de que pelo menos um terços das áreas com desmatamentos ilegais são consideradas reservas legais.