O Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) anunciou nesta quarta-feira a suspensão da punição aplicada pela federação de futebol do estado, a Ferj, ao árbitro Leonardo Garcia Cavaleiro. Ele havia sido afastado dos gramados preventivamente por sua atuação no clássico entre Botafogo e Vasco do último domingo.

Assim que soube da punição, Leonardo entrou com recurso junto ao TJD-RJ e teve o pedido deferido pelo presidente do tribunal, Marcelo Jucá, que julgou incorreto o afastamento principalmente pela forma como foi definido e passado para o árbitro.

“Informa o requerente que tomou ciência da decisão da sua suspensão, através da ata de reunião amplamente divulgada pela imprensa”, revelou o TJD-RJ em comunicado. “Se verdadeiras, as alegações trazidas pelo requerente causam perplexidade e devem ser tratadas com muita cautela.”

Marcelo Jucá considerou necessário investigar o processo que definiu a punição antes de permitir que ela seja aplicada. Por isso, a suspendeu e liberou Leonardo Garcia Cavaleiro para exercer sua profissão normalmente.

“Impedir o exercício do contraditório e da ampla defesa é algo que deve ser refutado no estado democrático de direito e, por tal razão, pelo menos em um juízo primário de avaliação, assiste razão o requerente. Portanto, é necessário que se apurem todos os fatos narrados na medida cautelar para ao empós, serem tomadas as medidas necessárias à punição, ou não do requerente”, comunicou.

A forma como foi definida a suspensão de Leonardo, de fato, causou estranheza. Isso porque inicialmente a Ferj entendeu que não havia motivo para puni-lo por valorizar os “88 minutos” em que o clássico foi disputado com normalidade. “Lamentamos a fatalidade ocorrida com o atleta do Botafogo F.R., no entanto, entendemos que a fratura do atleta não seja responsabilidade do árbitro”, avaliou na época.

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Somente na última terça, após reunião com a diretoria do Botafogo, a entidade voltou atrás e anunciou o afastamento do árbitro por tempo indeterminado.

Leonardo foi pivô de uma grande polêmica ao mostrar apenas cartão amarelo ao atacante vascaíno Rildo pela entrada dura, com a sola da chuteira, na canela de João Paulo. Como resultado da jogada, o meio-campista do Botafogo teve a tíbia e a fíbula fraturadas e precisou passar por cirurgia.


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