A 8ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF e Territórios julga hoje uma apelação oriunda da autofagia no PROS, comandado por Eurípedes Junior. A sessão (em teleconferência) será comandada pelo desembargador-relator Diaulas Ribeiro, e pode decidir com quem fica a presidência do partido às vésperas da eleição.

É mais um capítulo da briga interna em que um grupo dissidente crava ter documentos oficiais (inclusive a primeira inscrição do CNPJ) que garantem o controle da Executiva Nacional. Por outro lado, Eurípedes se mantém no cargo, a defesa acusa os adversários de suposta falsificação de documentos. A despeito de ser eleito por convenção, Eurípedes enfrenta uma série de denúncias e processos na Justiça, suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro. Além da já notória lista de mordomias bancadas pelo fundo partidário.

No fim do ano passado, o presidente do PROS voltou a balançar no cargo, denunciado em ação que tramita na 11ª Vara Federal Criminal de Goiás por suspeita de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, segundo protocolo recebido pela Coluna. A reportagem procurou hoje o advogado do presidente do PROS, que até este momento não se pronunciou sobre o julgamento desta quarta-feira (9)

Não bastassem os problemas no partido e do seu presidente, um episódio complicou a situação de Eurípedes. Com a dificuldade da sua defesa em agendar uma reunião com o desembargador Diaulas Ribeiro em Brasília, um ex-aluno do mesmo enviou um e-mail, se apresentando como representante dos interesses do cacique político – o que constrangeu o magistrado e deixou, entrelinhas, dúvidas sobre o que seria o assunto. O desembargador Diaulas – que hoje julga a ação supracitada sobre o controle do partido – não teve dúvidas e enquadrou os dois. Os intimou para se explicarem.

Em nota enviada à coluna na manhã desta quarta-feira, o advogado de Eurípedes se pronunciou sobre o caso:

“Hoje serão julgados dois recursos de apelação referente a duas sentenças que foram desfavoráveis às reiteradas tentativas de tomada da Direção Nacional do PROS, por pessoas que já foram condenadas pela justiça em razão da invasão da sede do partido; bem como a exibir documentos referentes a uma reunião forjada, nos quais identificou-se assinaturas falsas mediante laudo grafotécnico, e registro de presença de pessoas que comprovadamente estavam em outro estado no mesmo dia da suposta reunião. Os partidos políticos são sustentáculos do Estado Democrático de Direito e não serão tomados de assalto por alguns aventureiros sem nenhuma representação política”.

TJ do DF decide com quem fica o comando do PROS

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