Sobrevivente no acidente que matou mais de 40 pessoas, Rosana Aparecida Santos, de 47 anos, relatou que após a batida entre o ônibus e um caminhão em Taguaí, teve que passar por cima dos mortos.

“Foi muito rápido. Não senti nada batendo em mim. Peguei minha bolsa, levantei e saí pelos fundos, que estava aberto. Tive que passar por cima de várias pessoas mortas e outras agonizando”, contou a revisora de costura, em entrevista à Época.

Rosana estava sentada em uma poltrona do meio, ao lado oposto do motorista do ônibus, e sentiu o veículo balançar após uma tentativa de ultrapassagem. Ela se levantou e presenciou o momento da colisão. “Foi uma ultrapassagem proibida por parte do motorista. Ele estava muito encostado no caminhão da frente e, mesmo assim, sem visibilidade, ultrapassou. Quando senti o balanço do ônibus, levantei do banco, percebi que o motorista do caminhão tentou tirar pro lado, mas não conseguiu, não deu tempo. O ônibus ficou completamente destruído no lado do motorista, e o caminhão foi parar a uns 50 metros, num barranco”, relembrou ela.

Após o acidente, Rosana ficou consciente e sem sangramentos. Ao todo, 41 pessoas morreram com o acidente. 11 pessoas ficaram feridas, e 5 já receberam alta.