O técnico Tite vai seguir à risca o plano de fazer observações e experiências na partida diante do Peru, nesta quinta-feira, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América. Em relação à formação que derrotou a Venezuela, o treinador planeja entre cinco e seis mudanças no jogo das 21h, no Engenhão, no Rio de Janeiro. No ataque, a busca por espaços está aberta. Por outro lado, o treinador mostrou preocupação em não descaracterizar a equipe.

Tite ensaiou algumas trocas na equipe no treino desta quarta-feira, na Granja Comary, o último antes da partida, mas evitou confirmar a escalação. Ele teme entregar informações para Ricardo Gareca, técnico do Peru. “O Gareca tem nos enfrentado muitas vezes. Está há mais tempo que nós mesmos (na seleção). Ele pode saber a característica do nosso time”, disse Tite.

A única mudança confirmada é no gol, com o retorno de Éderson no lugar de Alisson. Na defesa, Marquinhos deve dar lugar a Thiago Silva. As mudanças não devem comprometer a eficiência do setor. A seleção brasileira vem de cinco partidas sem sofrer gols. A última vez que foi vazada foi justamente pelo Peru, em outubro do ano passado, pelas Eliminatórias.

No meio, a dúvida do treinador está entre Fred e Everton Ribeiro, o que muda toda a configuração do setor ofensivo. Lucas Paquetá também pode ser usado na vaga de Fred, mas Tite evitou detalhes. Ele não descartou atuar com um apenas volante de marcação e meias mais criativos. “Posso sim (usar), dependendo da estrutura, da base defensiva que utilizar”, afirmou o treinador.

Embora o treinador tenha avisado, antes da competição, que faria observações de atletas e de formas de atuar, algumas mudanças vão além de simples testes. No ataque, por exemplo, a disputa parece estar verdadeiramente aberta. No jogo desta quinta-feira, são grandes as chances de escalação do trio Gabriel Jesus, Éverton Cebolinha e Gabigol.

O treinador reconhece que o desafio de dar minutos em campo para todo o grupo esbarra na possibilidade de comprometer o entrosamento. “Existe uma linha próxima entre dar oportunidade e descaracterizar o time. A ideia é manter os atletas nas funções nos clubes. Isso dá a rotina do lugar, a sensação de confiança”, afirmou o treinador.

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Alguns jogadores pretendem abrir mão do rodízio. Titular nas nove últimas partidas, o lateral Danilo parece ter superado as lesões no tornozelo que o tiraram de Copa América em 2016 e da Copa da Rússia. Agora, quer estender a boa fase. Na Copa América, Danilo teria de volta a concorrência de Daniel Alves, mas o veterano do São Paulo acabou cortado por lesão e foi substituído por Emerson Royal.

“Sou um jogador que me sinto melhor quanto mais minutos eu tenho. Prefiro jogar todos os jogos. Se não me engano, esse é meu jogo de número 54 na temporada, Junto com o Casemiro, acho que sou um dos líderes em minutagem entre os atletas que estão aqui na seleção”, disse o lateral.


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