David Lochridge, que foi diretor de operações marítimas da OceanGate, teria alertado a empresa sobre problemas de segurança no submarino que desapareceu com cinco pessoas a bordo no Oceano Atlântico, no domingo, 18, durante uma expedição para observar os destroços do transatlântico “Titanic”, que afundou no dia 15 de abril de 1912 depois de colidir com um iceberg.

O caso:

  • De acordo com a revista The New Republic, David teria avisado que o submarino não era capaz de descer a tais profundidades extremas. Por conta disso, ele acabou sendo demitido;
  • As preocupações do então diretor de operações teria levado a uma quebra de contrato, pois ele se recusou a liberar testes com tripulantes nos primeiros modelos do submarino;
  • Após a demissão, a OceanGate ainda processou David por ter divulgado informações confidenciais. Ele recorreu e afirmou que a rescisão de contrato foi injustiça, pois havia alertado sobre a falta de segurança do submersível;
  • “Em vez de abordar as preocupações de Lochridge, a OceanGate rescindiu sumariamente o contrato, nos esforços para silenciar Lochridge e evitar abordar as questões de segurança e controle de qualidade”, informou um trecho do processo;
  • David ainda afirmou que foi informado que a janela de visualização tinha certificado para suportar pressões de até 1,3 mil metros. Porém a expedição do naufrágio atinge 3,8 mil metros de profundidade;
  • O processo entre David e a OceanGate não avançou e, meses depois, as duas partes chegaram a um acordo.