05/12/2019 - 6:02
Um marinheiro abriu fogo na base naval de Pearl Harbor, no Havaí, e matou duas pessoas, antes de cometer suicídio.
As duas vítimas fatais eram funcionários civis do Departamento de Defesa. Um terceiro civil está ferido, mas em condição estável, em um hospital.
O marinheiro abriu fogo perto do Dique Seco No. 2, próximo à entrada sul da base, conhecida por ter sido o alvo de um bombardeio do império japonês em 1941 que provocou a entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial.
O ataque aconteceu três dias antes do 78º aniversário do ataque japonês a Pearl Harbor, que matou 2.403 militares americanos.
“O incidente nos entristece. Nossos pensamentos e orações estão com as vítimas e suas famílias”, afirmou o contra-almirante Robert Chadwick, comandante da Região Naval do Havaí, em um comunicado.
“A segurança da base, os serviços de investigação da Marinha e outras agências estão investigando o incidente”, completou.
“Isto será completamente investigado. Vamos examinar todos os aspectos, incluindo as lições aprendidas e o potencial para segurança adicional”, afirmou posteriormente em entrevista coletiva.
O atirador, identificado como um marinheiro designado para o submarino USS Columbia, começou a atirar às 14H30 locais (21H30 de Brasília). A base permaneceu fechada por uma hora e meia.
Os nomes das vítimas serão divulgados apenas depois da notificação das famílias.
Canais de televisão exibiram imagens de ambulâncias e veículos blindados mobilizados dentro da base. Os bombeiros enviaram seis unidades.
A base conjunta Pearl Harbor Hickam abriga tando a Força Aérea como a Marinha, que mantém no local a Frota do Pacífico.
Uma testemunha, que pediu anonimato, declarou ao site Hawaii News Now que depois de ouvir os tiros viu “três pessoas no chão”. Em seguida o atirador, que parecia usar um uniforme de marinheiro, atirou na cabeça.
Duas escolas dentro da base foram fechadas, assim como um centro de ensino próximo.
O governador do Havaí, David Ige, declarou que “se une à solidariedade do povo havaiano para expressar nosso pesar por esta tragédia e preocupação com os atingidos pelo tiroteio”.
Ige assinalou que a Casa Branca ofereceu a assistência das agências federais.
O pior tiroteio na história do Havaí aconteceu há pouco mais de 20 anos, quando um funcionário da Xerox matou sete colegas de trabalho.
Em 2016, o Pentágono flexibilizou as regras sobre o porte de armas de fogo pelas tropas em instalações do governo, em resposta a uma série de ataques fatais contra militares.
Militares em determinadas funções podem portar armas, mas com as novas regras, os comandantes podem autorizar o transporte de armas de propriedade privada.