Dois homens morreram e duas influenciadoras digitais foram presas em Jaguaripe, no sul da Bahia. O caso ocorreu perto da Pousada Paraíso Perdido, onde os quatro estavam hospedados. Os mortos foram identificados como Agnaldo Leite da Silva Neto, de 29 anos, e Felipe Augusto Machado Lima, de 28.

Segundo o comandante do 14° Batalhão, coronel Edmundo Assemany, os policiais receberam denúncia de que homens armados estavam circulando pela praia, nas proximidades da pousada. Por isso, os agentes se deslocaram para a região. Ao chegarem ao local, os PMs teriam sido recebidos a tiros.

“Reagimos e, na troca de tiros, eles foram feridos, conduzidos ao hospital do município vizinho de Nazaré das Farinhas, mas não resistiram”, contou o coronel. Segundo Assemany, as influenciadoras digitais, identificadas como Laylla Cedraz e Adrian Grace, que acompanhavam os dois homens, não se encontravam na praia, mas estavam na pousada. Ao perceberem a presença dos policiais, tentaram fugir utilizando uma caminhonete, mas foram alcançadas e presas. De acordo com o PM, no carro delas foi encontrado um quilo de cocaína.

As mulheres foram levadas para a Delegacia de Santo Antônio de Jesus, onde a ocorrência foi registrada, e ainda estão sob a custódia da polícia. Elas deverão ser apresentadas à Justiça por causa da posse da droga – nenhuma delas tem passagem pela polícia. Em depoimento, Laylla, de 23 anos, informou que namorava Felipe havia pouco mais de seis meses.

Já Adrian se relacionava com Agnaldo há cerca de um ano. Ela sabia sobre o envolvimento do rapaz com o crime, mas afirmou desconhecer todo o histórico do namorado, apontado pela polícia como chefe do tráfico de drogas na cidade de Feira de Santana, segundo maior município da Bahia.

Além disso, disse o coronel, Agnaldo era considerado foragido da Justiça. Sob liberdade condicional, com uso de tornozeleira eletrônica, ele teria se livrado do aparelho. O coronel não vê relação entre esse fato e o assassinato do dono da Pousada Paraíso Perdido, em fevereiro. O empresário Leandro Troesch foi morto com um tiro na cabeça, dentro do empreendimento, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

“Tudo indica que um crime não tem nada a ver com o outro. Nos parece que esses dois casais estavam apenas curtindo o fim de semana na praia, gastando o dinheiro do tráfico”, concluiu Assemany. A reportagem não conseguiu localizar a defesa das influenciadoras.