Resumo:

  • Daniel Cravinhos quebrou o silêncio sobre o caso de Suzane von Richthofen.
  • Ele afirmou que no início sentia muita raiva e mágoa.
  • Também disse que Suzane arquitetou os assassinatos, mas que ele não se exime da responsabilidade.
  • Atualmente, Daniel trabalha com customização de motos.

Daniel Cravinhos, que agora se identifica como Daniel Bento, quebrou o silêncio sobre o caso de Suzane von Richthofen e afirmou que no início sentia “muita raiva e mágoa”. Durante uma entrevista publicada no perfil do Instagram do jornalista Ulisses Campell, ele também revelou o que falaria caso encontrasse com a ex-namorada.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Ullisses Campbell (@ullissescampbell)

No primeiro momento, Daniel afirmou que o seu relacionamento com Suzane acabou no dia 31 de outubro de 2002, quando ele o seu irmão Cristian Cravinhos assassinaram Marísia e Manfred von Richthofen.

“Agora, ela é vítima de si mesma. Antes, eu tinha mágoa, raiva e tudo mais. No entanto, percebi que minha vida não andava para frente enquanto alimentava esses sentimentos negativos no coração. Sendo assim, se a encontrasse na rua, falaria: ‘boa sorte na sua caminha’. E mudaria de calçada”, relatou ele ao jornalista e também autor do livro “Suzane, Assassina e Manipuladora”.

Ao ser questionado sobre de quem foi a ideia dos assassinatos, Daniel afirmou que Suzane arquitetou tudo, mas “não me eximo da responsabilidade. Uma pena foi a gente ter envolvido o Cristian, que tentou atrapalhar o plano várias vezes”.

Ele ainda afirmou que a maior dor que sente é por Andreas, o irmão mais novo de Suzane, pois o rapaz foi “a maior vítima disso tudo”.

Na época do crime, Andreas tinha 14 anos e chegou a dizer durante o julgamento que os perdoaria. “Esse perdão venceu porque ele era um garoto e hoje é adulto. Ainda não tive oportunidade de encontrá-lo depois que saí de Tremembé (SP). O Andreas era meu irmão. Sonho com o dia em que terei um acerto de contas definitivo com ele. Ainda estou me preparando psicologicamente para procurá-lo, abraçá-lo e beijá-lo. Nem sei se tenho essa coragem. Só de pensar nele fico desestabilizado emocionalmente”, disse Daniel.

Sonhos com o casal

Daniel, que foi condenado a 39 anos de prisão e agora está em regime aberto, declarou que teve diversos pesadelos com Marísia e Manfred quando estava na penitenciária.

“Hoje, o casal Richthofen aparece no meu sonho sempre fazendo coisas boas para mim. Outro dia sonhei com o Manfred e a Marísia me perdoando e apoiando o meu recomeço.”

Atualmente, Daniel trabalha com customização de motos.

Relembre o caso

Suzane Von Richthofen tinha pouco mais de 18 anos quando cometeu o crime contra os pais com a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian. Os dois rapazes subiram até o segundo andar da residência da família de Suzane e mataram Manfred e Marísia com marretadas na cabeça enquanto o casal dormia.

Após serem sentenciados, Daniel recebeu a mesma pena que Suzane. Já Cristian foi condenado a 38 anos e 6 meses de detenção. Porém os irmãos Cravinhos foram transferidos para o regime aberto antes dela.

No dia 11 de janeiro deste ano, Suzane deixou a Penitenciária Feminina 1 Santa Maria Eufrásia Pelletier de Tremembé (SP) e foi transferida para o regime aberto após uma decisão da Justiça.