ROMA, 04 MAR (ANSA) – Sete das 10 equipes que disputam a Fórmula 1 (F1) divulgaram um comunicado contra a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) pelo acordo com a Ferrari sobre as investigações das supostas irregularidades do motor utilizado pela escuderia italiana em 2019.   

Segundo o comunicado, as adversárias da Ferrari afirmaram que estão “surpreendidas e chocadas”, além de terem prometido entrar com uma ação legal contra a FIA.   

“Nós, as equipes abaixo-assinadas, ficamos surpresas e chocadas com a declaração da FIA de 28 de fevereiro, relativa à conclusão de sua investigação na unidade de potência da Ferrari. Um regulador esportivo internacional tem a responsabilidade de agir com os mais altos padrões de governança, integridade e transparência. Somos fortemente contra que a FIA chegue a um acordo confidencial com a Ferrari para concluir esse assunto”, disseram as sete equipes no comunicado.   

“Declaramos publicamente nosso compromisso compartilhado de buscar a divulgação completa e adequada sobre este assunto, para garantir que nosso esporte trate todos os concorrentes de maneira justa e igual.Além disso, reservamos nosso direito de buscar reparação legal, dentro do devido processo da FIA e perante os tribunais competentes”, finalizaram os times.   

Entre as equipes que assinaram o comunicado estão Mercedes, Red Bull Racing (RBR), McLaren, Renault, Alpha Tauri, Racing Point e Williams. Enquanto Haas e Alfa Romeo, que utilizam motores Ferrari, optaram em não participar da ação.   

As suspeitas das concorrentes da Ferrari começaram após a unidade de potência do motor do time italiano ter mostrado uma suposta grande superioridade. No entanto, a escuderia de Maranello e a FIA sempre negaram qualquer tipo de irregularidade.   

No entanto, a entidade entrou em um acordo com termos secretos para que a Ferrari mudasse seu motor para as exigências de 2020, não deixando claro se a unidade de potência do monoposto de 2019 estava irregular.   

Após as acusações, a Ferrari não conseguiu um bom desempenho nas últimas provas da temporada passada. Já nos testes de 2020, em Montmeló, na Espanha, o time italiano não teve os bons resultados que conquistou em 2019.(ANSA)