SÃO PAULO, 21 NOV (ANSA) – A Tim anunciou nesta quarta-feira (21) um plano de reformulação da estratégia de atuação da marca, que inclui a busca de fontes de inovação e otimização de investimentos nas chamadas “startups”.   

Para isso, a empresa conta com um espaço no “Cubo”, complexo desenvolvido pelo banco Itaú e o fundo Red Point eVentures, em parceria com 20 empresas mantenedoras. No prédio de 14 andares localizado na Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo, microempreendedores ligados principalmente ao setor de tecnologia trabalham no mesmo ambiente, o que permite o intercâmbio de ideias e o nascimento de parcerias.   

A proposta do espaço da Tim é promover imersão da empresa no ambiente de inovação das startups. Um gerente de negócios fica “de plantão” no local para ouvir ideias de novos empreendedores e apresenta-las à direção, em caso de interesse.   

“Quem vai pagar nosso investimento é a eficiência”, diz Leonardo Capdeville, diretor de tecnologia da informação da Tim Brasil.   

“Aqui [no Cubo] tem uma ideia de uma startup que permite que você feche um acordo legal pelo Whatsapp. Imagina a economia que seria feita para levar um advogado ao tribunal”, destaca. “Se a gente ficar enraizado nesse modelo de vender planos pós-pagos e pré-pagos a gente vai morrer”, conclui.   

A empresa também planeja se estruturar para fornecer os serviços de nuvem e de motores cognitivos, que podem ser utilizados para monitorar máquinas agrícolas remotamente, por exemplo, através da conexão móvel 5G.   

A Tim conta com mais de 70 milhões de clientes em todo o país e pretende usar seus ativos, como base de dados e hospedagem de big data (grandes volumes de informação), para fornecer serviços a outras companhias. “Nós também implementamos o ‘Tim day’, em que membros de diversas áreas da empresa, como a jurídica, logística e de vendas, além dos nossos clientes corporativos, vêm ao Cubo para buscar soluções para eventuais problemas”, explica Janilson Bezerra, diretor de inovação da empresa. O contato com as startups faz parte do processo de imersão na inovação buscado pela empresa para ser o elo entre pessoas e empresas com a inovação das startups.   

O Cubo foi inaugurado em agosto deste ano e tem capacidade para receber até 200 startups. (ANSA)