WASHINGTON, 19 DEZ (ANSA) – O TikTok anunciou na quinta-feira (18) a assinatura de um acordo de joint venture com investidores que permitirá a empresa manter suas operações nos Estados Unidos, evitando ser banida devido à sua propriedade chinesa.
Através de um memorando interno, o CEO do TikTok, Shou Chew, informou seus funcionários que a companhia de mídia social e sua proprietária chinesa, a ByteDance, realizaram um acordo com um consórcio, que traz as americanas Oracle e Silver Lake, além da MGX, dos Emirados Árabes, como principais investidores.
O presidente executivo e fundador da Oracle, Larry Ellison, é um aliado de longa data do presidente dos EUA, Donald Trump.
“A joint venture americana será responsável pela proteção de dados nos EUA, segurança de algoritmos, moderação de conteúdo e garantia de software”, disse Chew no memorando, acrescentando que “ela também terá o direito e a autoridade exclusivos para garantir que o conteúdo, o software e os dados dos usuários americanos estejam seguros”.
O CEO informou aos trabalhadores que metade da participação nos EUA será detida pelo consórcio de novos investidores, que terão 15% cada. Afiliadas de investidores já existentes da ByteDance deterão pouco mais de 30%, enquanto a proprietária chinesa ficará com quase 20%, o máximo da participação permitida para uma empresa da China segundo a legislação vigente.
De acordo com o memorando, as entidades americanas do TikTok Global gerenciarão os sistemas entre produtos e certas atividades comerciais, incluindo comércio eletrônico, publicidade e marketing.
Chew observou que “ainda há trabalho a ser feito” antes da data conclusão do acordo da joint venture, em 22 de janeiro.
O TikTok correu o risco de ser banido dos EUA após entrar em vigor, em abril, uma lei que exigia que a ByteDance vendesse as operações da plataforma no país. (ANSA).