Frances Tiafoe está fazendo história no US Open. O jovem americano de 24 anos já havia se destacado após bater o espanhol Rafael Nadal nas oitavas de final e, nesta quarta-feira, voltou a surpreender outro tenista melhor ranqueado, Andrey Rublev, cabeça 9, para recolocar os Estados Unidos na semifinal do Grand Slam após 16 anos, com vitória em sets corridos, parciais de 7/6 (7/3), 7/6 (7/0) e 6/4.

Empurrado pela torcida no lotado Arthur Ashe Stadium, o cabeça de chave 22 deu um show com o potente saque – foram 18 aces – e também subindo à rede diversas vezes para decidir o ponto. Com agressividade, arrancou aplausos por diversas jogadas.

A apresentação de Tiafoe foi tão boa que tirou o russo do sério em diversas oportunidades. Rublev até bateu com a raquete nas próprias pernas, chegou a chorar, e por vezes apareceu conversando – e até gritando – com seu staff nas arquibancadas.

Andy Roddick foi vice-campeão em 2006 ao perder na decisão para o suíço Roger Federer. Ele buscava o bicampeonato após o título de 2003. Na partida contra Nadal, o tenista aposentado era um dos torcedores de Tiafoe, que agora aguarda o vencedor de Carlos Alcaraz e Jannik Sinner, que se enfrentam nesta quarta-feira à noite.

Em seu maior resultado em Grand Slans da carreira, Tiafoe ainda garantiu outra marca expressiva no US Open. Arthur Ashe, que dá o nome à quadra central do complexo de Flushing Meadows onde ele bateu Rublev, havia sido o último americano negro nas semifinais do US Open, em 1972. Agora, 50 anos mais tarde, os EUA têm novo representante entre os quatro melhores.

“Cara, isso é loucura. Tive a maior vitória da minha vida 24 horas atrás. Isso é um grande crescimento, e uma página difícil de se virar”, comemorou Tiafoe, 22º cabeça de chave em Flushing Meadows. “Vamos aproveitar este momento. Temos mais dois jogos, pessoal, mais dois”, mostrou confiança em disputar a final.