Mais uma prova com dobradinha no pódio fechou as provas de pistas do atletismo do Brasil na Paralimpíada de Tóquio. Depois de Thalita Simplício e Jerusa Geber levarem prata e bronze nos 200m rasos feminino da classe T11 (cegos), Thomaz Ruan e Petrúcio Ferreira repetiram o resultado na corrida dos 400m rasos masculino da classe T47 (atletas com parte do braço amputado).

Na corrida, Thomaz largou muito forte e já se colocou entre os primeiros; numa raia mais central, Petrúcio saiu bem, mas com uma lesão no músculo posterior da coxa, perdeu tempo e teve que recuperar depois. O marroquino Ayoub Sadni conseguiu ultrapassar Thomaz em grande prova e abrir certa vantagem no final. Sadni conquistou a medalha de ouro e ainda quebrou o recorde mundial com o tempo de 47s38.

Petrúcio demonstrou bastante alegria com o resultado em entrevista ao SporTV após a corrida. “Estou no pódio de qualquer forma, em terceiro. Não é a minha prova, minhas provas são os 200m, que não teve aqui, mas vai ter em Paris, e os 100m. Agora é fazer a recuperação física. Cheguei em terceiro numa prova que não é a minha”, disse, com certa incredulidade, enquanto comemorava ao lado de Thomas, Sadni e Lucas.

Petrúcio já é um atleta consagrado: ganhou dois ouros na Rio-2016, nos 100m e 200m rasos, mais um ouro nos 100m em Tóquio, e é o recordista mundial em ambas as provas. Por conta disso, foi escolhido como porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura da Paralimpíada do Japão. Thomaz, por sua vez, está em sua primeira participação em Paralimpíadas e, com 20 anos, dá sinais de que terá uma carreira brilhante pela frente.