Mesmo com um ano difícil no meio musical, sem poder fazer shows devido à pandemia do novo coronavírus, Thiaguinho está feliz da vida com seu novo projeto: a série documental ‘Tardezinha’, que estreia quinta-feira (15), no GloboPlay. O projeto promoveu o encontro do cantor de pagode com outros artistas no palco, interpretando clássicos do samba e do pagode dos anos 1990.

A série, que terá quatro episódios, irá mostrar desde o começo dos shows, bastidores, até a última apresentação do pagodeiro no Maracanã, no Rio de Janeiro.

A produção também se tornará um álbum com 20 canções registradas ao vivo no Maraca.

Na última terça-feira (13), a IstoÉ Gente esteve presente na coletiva de imprensa do documentário e falou com Thiaguinho sobre a expectativa do trabalho: “Estou hiperfeliz por poder mostrar, não só o dia fantástico, que foi o Maracanã no encerramento, mas poder contar os bastidores da festa e como surgiu”, disse.

E continuou: “Lembrei de todas as dificuldades que já passei como artista (e que ainda passo), e ter esse documentário e registro como recompensa está sendo um momento único. Foi incrível de assistir e relembrar! Eu estava tão comprometido no palco, em gravar tudo perfeito e mais do que isso… emocionado em viver aquele sonho que, quando acabou, eu nem senti passar. E olha que foram 6 horas de show”.

Longe dos palcos devido ao isolamento social, Thiaguinho fez uma reflexão sobre este momento que estamos vivendo e contou como ele está lidando com tudo isso: “A gente foi obrigado a parar e a ficar com a gente. Estou bastante reflexivo, aproveitando o tempo em casa para descansar e compor algumas coisas. Imagino que tudo isso esteja trazendo muita reflexão para todas as pessoas e espero que possamos sair dessa mais humanos, com mais sabedoria no viver”.

O pagodeiro ainda falou sobre ter se dedicado ao tênis durante a quarentena. “Me deu essa ideia de procurar um esporte novo para me exercitar. Encontrei no tênis duas coisas maravilhosas: você exercitar fisicamente e a sua mente”.

Questionado como se vê sendo um representante da beleza negra no Brasil, ele disse: “Outros cantores e outras figuras ajudaram nesse processo. Quando eu era guri, tinha 10, 12 anos, o fato de o pagode dos anos 90 fazer sucesso ajudou muito. Esses caras, tipo Rodriguinho, me influenciaram no corte de cabelo, no lance de me olhar no espelho, na minha autoestima. As meninas da minha escola achavam eles bonitos, então esses caras ajudaram muito. Sou feliz em ser uma continuidade de tudo isso”.

Thiaguinho conclui dizendo que tem uma responsabilidade muito grande por cantar samba: “O samba é gigante e tem uma história muito longa. É uma responsabilidade muito grande cantar samba. Para o samba chegar até o Maracanã, muita gente teve que fazer muita coisa antes de mim. Eu me sinto muito feliz em poder fazer parte disso tudo”.

Veja a galeria de fotos do Tardezinha no Maracanã: