A principal atração do UFC neste sábado, em Las Vegas, nos Estados Unidos, será a luta entre os brasileiros Thiago Marreta e Glover Teixeira pelo peso meio-pesado. Quem garantir a vitória pode entrar na mira da organização para disputar o cinturão da categoria contra Jan Blachowicz – depois de Israel Adesanya, campeão do peso-médio, já cotado pelo presidente Dana White como o primeiro a tentar derrubar o atual detentor do título.

Marreta vem de uma derrota para Jon Jones por decisão dividida em julho de 2019. A luta ocasionou as rupturas nos ligamentos de ambos os joelhos, cirurgias e um longo processo de recuperação. “No começo eu cheguei a sentir uma diferença no meu desempenho, mas agora me sinto recuperado e estou treinando normalmente”, contou o brasileiro em entrevista ao Estadão.

No combate contra Glover, o lutador afirma que os fãs podem esperar “o mesmo Marreta de sempre”. “Vou entrar no octógono agressivo e buscando acabar a lutar o mais rápido possível com um nocaute ou finalização”, disse. “Um Marreta indo para a guerra”.

O confronto entre os brasileiros foi remarcado pela terceira vez. Em outras duas ocasiões, o duelo foi adiado porque ambos os lutadores testaram positivo para covid-19. “Eu estava ansioso para voltar logo, mas é tudo acontece no tempo de Deus. Agora estou mais preparado”, afirmou Marreta.

Glover, que derrotou Anthony Smith em maio, diz que usou o tempo extra para focar nos treinos. “Continuei focado e fazendo a dieta. Esse período maior acabou ajudando na preparação. E como eu já tenho experiência – já vivi isso outras vezes – soube usar isso ao meu favor”.

Ao comentar sobre a chance de Adesanya em disputar o cinturão da sua categoria, o brasileiro diz que não pode julgar se acha justo ou não. “Meu trabalho é me preparar, lutar contra o Marreta, que é algo que está no meu controle. Eu quero lutar pelo cinturão, com certeza, e sei que estou fazendo por onde. Espero que essa luta aconteça. Mas primeiro tenho essa pedreira pela frente que eu preciso ‘marretar'”.