Em 22 de novembro de 1968, os Beatles lançaram o álbum duplo “The Beatles”, nono disco de estúdio em oito anos de trajetória e primeiro pelo selo Apple, fundada pelo quarteto. Os fãs se espantaram com a quantidade e a qualidade das canções, que pareciam sair dos alto-falantes como uma enxurrada espontânea e oposta ao classicismo do disco anterior, “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” (1967). São 30 canções executadas diretamente ao microfone, sem montagem, entre elas algumas que se converteram em vermes sonoros (“ear worms”) da imaginação planetária. Logo os fãs passaram a chamá-lo de “O Álbum Branco”. Seria o penúltimo disco de estúdio, seguido de “Abbey Road” (1969). Para comemorar os 50 anos do produto, a gravadora Universal lança uma edição especial estendida, com três discos (em CD ou LP), um deles com 27 versões acústicas das canções do álbum, bem como 50 sessões desconhecidas do público. O álbum foi remixado em sons estéreo e 5.1 surround pelo produtor Giles Martin – filho do produtor original George Martin – e pelo engenheiro de som Sam Okell. Talvez só os beatlemaníacos notem a diferença. Mas a fonte parece inesgotável.