16/08/2016 - 11:43
A presença de Thaisa em quadra tem um peso enorme para a seleção feminina de vôlei. Além da liderança e da experiência de ter conquistado o bicampeonato olímpico, a central é fundamental para o sistema defensivo e para os contra-ataques da equipe. No penúltimo jogo da fase de classificação, contra a Coreia do Sul, ela participou de todo o terceiro set e pode recomeçar a pegar ritmo de jogo. Até ali, ela estava sendo poupada pelo técnico José Roberto Guimarães para se recuperar completamente de um problema muscular na panturrilha. Contra a Rússia, ela estreou como titular e conseguiu quatro pontos de bloqueio e três de ataque. “Sei que posso fazer ainda mais”, diz Thaisa. “Mas, aos poucos, dentro de quadra, recupero o ritmo que só se consegue jogando.”
Ritmo é algo importante para essa seleção, que busca o tricampeonato olímpico. Contra a seleção russa, elas poderiam ter diminuído a intensidade e se poupado para a próxima fase. As duas equipes já estavam classificadas e conheciam suas adversárias nas quartas-de-final: o Brasil enfrenta a China e a Rússia, a Sérvia. Mas as atletas brasileiras mantiveram o alto nível de jogo, venceram por 3 sets a 0 e não deram chance para as adversárias. “O que é legal é a equipe dar o máximo no jogo, no treino, em todas as oportunidades”, diz Thaisa. “Queremos chegar no final e ter merecimentos para ganhar.”
O que mais tem chamado a atenção nesta seleção feminina é a evolução do sistema defensivo. Com frequência, o bloqueio tem conseguido parar os ataques das adversárias ou diminuir a velocidade das cortadas. Em cinco jogos até aqui, foram cinco vitórias sem perder um set, com 377 pontos a favor e 272 contra – o melhor aproveitamento do torneio. Essa força na defesa vai ser fundamental para a partida contra a China, às 22h15 desta terça-feira. “A equipe cresceu muito no sistema defensivo”, afirma Thaisa. “É muito importante a defesa estar pronta em jogos contra times asiáticos, como a China, ou contra os Estados Unidos, porque muitas vezes serão bloqueios simples. Evoluímos demais e está bonito de ver.” A seleção está de encher os olhos, ainda mais com a volta de Thaisa.
