O dono da SAF do Botafogo, John Textor, prestou depoimento na Polícia Civil, no Rio de Janeiro, na quarta-feira, logo após desembarcar na capital fluminense, vindo da França, com o novo treinador botafoguense, o português Artur Jorge. O dirigente é alvo de inquérito aberto pela polícia a pedido do Ministério Público.

O empresário americano, que deu declarações polêmicas nas últimas semanas, esteve na polícia acompanhado de três advogados. O depoimento faz parte do inquérito aberto pela Polícia Civil, por meio da Delegacia do Consumidor, após manifestação do Ministério Público do Rio de Janeiro.

O MP se manifestou após pedido do juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada em Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro do Rio de Janeiro. O motivo são as acusações de Textor quanto a supostos casos de manipulação de resultados no futebol brasileiro.

O americano afirmou que o Palmeiras, atual campeão brasileiro, vem sendo beneficiado pela arbitragem nas duas últimas edições do Brasileirão. No ano passado, o time paulista obteve uma grande reação na tabela do Brasileirão e superou justamente o Botafogo na classificação geral, depois que o clube carioca chegou a exibir 13 pontos de vantagem na liderança.

No começo de mês passado, Textor disse que possuía gravações de árbitros reclamando por não terem supostamente recebido propina. Nesta semana, o americano foi mais específico e afirmou as goleadas do Palmeiras sobre o São Paulo (5 a 0) e sobre o Fortaleza (4 a 0), ambos em outubro, foram manipuladas. Textor também levantou suspeitas sobre o Brasileirão de 2021.

O dono da SAF do Botafogo, no entanto, não apresentou provas sobre o suposto caso de manipulação. Assim, além da Justiça comum, a Justiça desportiva também entrou no caso. Também na quarta, o americano foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O caso será julgado no dia 15 deste mês.