O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, não comentou sua perspectiva para a política monetária ou para a economia americana, em discurso divulgado nesta terça-feira. Powell falou sobre testes de estresse, em uma participação gravada para um evento sobre o assunto realizado pelo Fed de Boston. Em sua fala, Powell defendeu os testes de estresse como um instrumento para continuar a fomentar um “sistema bancário dinâmico” e a “estabilidade financeira”, além de uma economia “saudável e que cresce”.

O presidente do Fed comentou ainda o fato de que, caso os testes de estresse não evoluam, eles correm o risco de se transformar num exercício de cumprimento de tarefa, o que poderia levar à complacência de supervisores e de bancos. “Quando o próximo episódio de instabilidade financeira ocorrer, ele pode ocorrer de modo inesperado e confuso”, alertou Powell. “Os bancos precisarão estar prontos não apenas para os riscos esperados, mas para os inesperados. Portanto, os testes precisarão variar de um ano para outro e explorar mesmo cenário muito improváveis”, ressaltou.

Powell disse que, desde 2009, os grandes bancos acrescentaram mais de US$ 800 bilhões em seu capital ordinário comum, o que dá a eles um colchão bem maior para lidar com prejuízos. Os bancos têm avaliado bem melhor seus riscos, na prática monitorando compromissos entre as organizações, antecipando necessidades de capital e se planejando para diferentes cenários, afirmou o presidente do Fed.


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