Uma ex-frequentadora da igreja da deputada federal Flordelis dos Santos prestou depoimento nesta sexta-feira (11) durante mais uma audiência sobre o processo envolvendo a morte do pastor Anderson do Carmo. De acordo com Vivian da Silva, ela tomou conhecimento de que Simone dos Santos, filha biológica de Flordelis, também teria atirado no pastor na garagem da casa da família em Niterói (RJ). As informações são do jornal Extra.

Conforme Vivian, os disparos efetuados por Simone atingiram a genitália da vítima. Além da participação de Simone, a testemunha aponta ainda que outro filho afetivo de Flordelis, André de Oliveira, teria segurado o pastor para que Simone e Flávio dos Santos atirassem.

Ainda segundo Vivian, as informações sobre o crime foram passadas a ela por Cristiana Rangel. “Ela (Cristiana) falou que foi algo que ela ouviu na casa (de Flordelis). O André havia segurado o pastor Anderson para o Flávio e a Simone atirarem nele. E que a mãe dela (Flordelis) sabia de tudo, que não caía uma folha da árvore dentro de casa se a pastora Flor não soubesse. A Simone que havia atirado nas partes íntimas”, descreveu Vivian.

Cristiana foi ouvida logo depois de Vivian e negou que tenha relatado essas informações para a frequentadora da igreja. A juíza questionou se a mulher havia sido ameaçada para negar a versão apresentada por Vivian, mas Cristiana negou. “Não quero me manifestar porque não vi. Como vou falar uma coisa que não vi?”, afirmou.

A versão de que mais pessoas estavam na cena do crime contra Anderson do Carmo surgiu durante o depoimento da empresária Regiane Rabelo. Ela contou durante outra audiência que Cristiana teria contado para Vivian sobre a participação direta de mais pessoas na morte do pastor.

Investigação da morte

No final de agosto, a Polícia Civil concluiu que Flordelis foi a mandante do assassinato de Anderson do Carmo. O inquérito aponta que a arma usada no crime foi comprada pela deputada. Flávio dos Santos, filho biológico de Flordelis, é apontado como autor dos disparos que mataram o pastor.

De acordo com as investigações, a deputada estaria insatisfeita com a forma com que o pastor geria o dinheiro da família. Além de Flordelis, mais dez pessoas foram denunciadas pelo assassinato do pastor na madrugada do dia 16 de junho de 2019 em Niterói. A deputada nega as acusações.