O presidente Jair Bolsonaro anunciou nas redes sociais, nesta sexta-feira (13), que não é portador do novo coronavírus.

“HFA/SABIN atestam negativo para o COVID-19 o Sr. Pres. da República Jair Bolsonaro”, diz a postagem em sua conta no Twitter acompanhada de uma foto do presidente fazendo o gesto de “banana”.

Bolsonaro, 64 anos, foi submetido a exames para o coronavírus após retornar na terça-feira de uma viagem aos Estados Unidos. Nela, reuniu-se com o presidente Donald Trump, acompanhado do chefe de seu serviço de Comunicação, testado positivo na quinta-feira.

Mas por recomendação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Bolsonaro deve se submeter a novos exames e permanecer alguns dias isolado devido ao período em que o vírus não é detectado no organismo.

O procolo é o mesmo utilizado na Operação Regresso: mesmo os assintomáticos realizam testes em dois períodos, e nesse tempo eles ficam em isolamento, revelou um funcionário do Ministério.

Se acatar a recomendação do ministro da Saúde, Bolsonaro – que realizou seu primeiro exame em 12 de março – deve efetuar os testes seguintes em 19 e 26 do mesmo mês, e permanecer isolado até o resultado final.

Após o resultado negativo do primeiro teste, Bolsonaro publicou no Twitter: “NÃO ACREDITE NA MÍDIA FAKE NEWS! SÃO ELES QUE PRECISAM DE VOCÊS!”.

Na quinta-feira, Bolsonaro disse durante uma transmissão ao vivo no Facebook que saberia “nas próximas horas” se estava infectado pela COVID-19.

Mais cedo, nesta sexta-feira, veículos de comunicação informaram que o primeiro teste do presidente tinha dado positivo e que o resultado da contra-prova era esperado para confirmar, ou descartar esse diagnóstico.

Desde sua chegada ao poder em janeiro de 2019, Bolsonaro multiplica os ataques à imprensa brasileira, que ele acusa de travar uma campanha aberta contra seu governo.

O presidente visitou os Estados Unidos entre o sábado passado e a terça-feira, e na sua comitiva estava o secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, infectado pelo novo coronavírus.

Na comitiva também estavam Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, e o ministro da Segurança Institucional, Augusto Heleno, cujos exames não revelaram a presença do coronavírus.

A delegação foi integrada ainda pelo chanceler Ernesto Araújo e o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, assim como vários políticos e funcionários.

O exame de Azevedo deu negativo, enquanto o resultado de Araújo sairá no sábado.