O Tesouro Nacional revisou a projeção de insuficiência para o cumprimento da regra de ouro neste ano, de R$ 110,4 bilhões para R$ 146,7 bilhões. De acordo com o órgão, a ampliação no rombo se deveu a inclusão de fatores de risco nas projeções, como frustração de investimentos, contingenciamentos, redução da amortização devido a possível queda do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e risco de frustração de fontes de receitas disponíveis com queda da arrecadação.

O aumento na projeção foi feito em um momento em que o governo trabalha para aprovar um crédito suplementar para garantir o cumprimento da regra neste ano.

De acordo com o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, os números são os mesmos encaminhados para o Congresso Nacional. “Apresentamos uma tabela mais conservadora em relação à regra de ouro para alinhar com os números que enviamos ao relator do projeto. É importante que o PLN 4/2019 seja aprovado e que seja o único aprovado sobre o tema”, afirmou.

Ao prever mais riscos nas projeções da regra de ouro, o governo quer evitar aprovar um crédito menor e ter que enviar um novo projeto mais para a frente sobre o tema. “Queremos que haja apenas uma aprovação no Congresso Nacional e possamos trabalhar com tranquilidade. Trabalhamos com cenário mais conservador e mais próximo da realidade”, completou.

De acordo com Ladeira, o novo cenário considera uma possibilidade de frustração de investimentos e inversões financeiras de R$ 89,3 bilhões, montante R$ 17 bilhões superior ao considerado na última projeção.

Além disso, os dados consideram uma possibilidade de frustração de arrecadação tributária de receitas de R$ 929,9 bilhões, também R$ 17,2 bilhões acima do cenário anterior. Houve também uma previsão de R$ 2 bilhões adicionais relativos ao risco de um IGP menor.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias